A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (14/10), a sexta fase da Operação Overclean. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar diversa da prisão e o sequestro de valores obtidos de forma ilícita, nas cidades de Salvador (BA), Amargosa (BA) e Brasília (DF). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).O objetivo da ação, que contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil (RFB), é desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. Leia também Mirelle Pinheiro Lamborghini e McLaren: veja a frota de luxo de Buzeira, preso pela PF Mirelle Pinheiro Gabinete de Ouro: ex-assessora é presa por corrupção em Teresina Mirelle Pinheiro Quadrilha furta transformadores e dá prejuízo de R$ 800 mil no RJ Mirelle Pinheiro Bruno Krupp: novo laudo pode causar reviravolta na prisão por agressão Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.Entenda a operaçãoA Operação Overclean foi iniciada em dezembro do ano passado para apurar um esquema bilionário de corrupção envolvendo recursos públicos destinados a municípios por meio de emendas parlamentares.Desde a primeira fase, a PF identificou um padrão de contratos superfaturados, licitações direcionadas e uso de empresas de fachada para simular concorrência.Em uma das etapas, foram apreendidas planilhas que relacionavam mais de 100 nomes e codinomes ligados ao esquema. A operação também revelou o envolvimento de empresários com influência política e agentes públicos em diferentes níveis de governo.Entre os investigados, está o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, preso na fase inicial e apontado como articulador político do grupo. Em sua residência, a PF encontrou uma escritura de imóvel ligada ao nome do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que nega qualquer irregularidade.Outro nome que passou a figurar na investigação é o do deputado federal Félix de Almeida Mendonça Júnior (PDT-BA), identificado como liderança do núcleo político que articulava a liberação das emendas. Embora não tenha sido alvo direto das buscas desta sexta-feira, ele é investigado pela PF por sua relação com os prefeitos afastados.