Conteúdo XPA ideia de trocar o emprego formal pela liberdade de operar no mercado financeiro atrai muitos iniciantes — mas, para Léo Hoffmann, o risco dessa decisão exige responsabilidade e muito planejamento. “É muito pesado operar tendo que ganhar dinheiro para pagar a conta do mês. Você já começa ali no negativo emocionalmente”, alerta.Convidado do episódio 242 do GainCast, Hoffmann compartilhou os bastidores da escolha que transformou sua trajetória: a decisão de pedir demissão do trabalho em TI para se dedicar integralmente ao trading.O risco calculado por trás da decisãoEmbora tenha feito esse movimento ainda no fim de 2017, ele faz questão de lembrar que não seguiu o impulso. “Eu fui um ponto fora da curva — de entrar no mercado e, financeiramente, sete, oito meses depois, poder pedir demissão do meu emprego por ter feito um valor relevante”, afirma.O suporte financeiro foi o pilar da decisão. “Eu consegui acumular o capital que me deu a segurança para tomar essa decisão. Ter três anos do que eu ganhava no meu trabalho, mais ou menos, como um colchão de liquidez”, explica. O momento de vida também foi determinante. “Eu acho que era o meu momento de tomar risco, né?”, observa.Segundo ele, cada pessoa precisa avaliar sua própria realidade antes de tomar uma decisão drástica. “Às vezes você vê muitos traders que estão com 40, 50 anos, o cara está querendo entrar no mercado. É uma idade difícil para você tomar risco ao extremo”, aponta.Por isso, ele reforça que largar tudo para viver do mercado não deve ser tratado como uma aposta. “Eu recomendo para o pessoal faça direito. Você trabalha o dia inteiro, beleza. Eu trabalhava o dia inteiro também quando entrei no mercado, mas eu ficava olhando o mercado à noite. Eu queria muito aquilo”, afirma.Leia também:Trader experiente alerta: ‘ganhar errado é pior que perder’ no mercado financeiroDepois de fechar seu negócio por causa da pandemia, ele ganhou dinheiro no day tradeTrader une Elliott, Wyckoff e Price Action para operar melhor; entenda a estratégiaSilêncio, apoio e planejamento: os pilares da viradaPara quem está começando, o trader orienta cautela — e discrição. “Eu sempre recomendo para a galera cultivar o silêncio”, afirma. A dica é dividir os planos apenas com quem realmente oferece suporte emocional. “Pega a pessoa que é mais fiel com você, divide com ela esse seu dia a dia. Deixa para que os outros saibam depois, com os seus resultados falando por si. Eu acho que é o melhor caminho”, orienta.Ter apoio em casa também foi essencial para ele seguir em frente mesmo diante das dificuldades. “A minha esposa falava: ‘Beleza, mas amanhã você vai lá, acorda cedo e faz dar certo esse negócio’”, relembra.Hoffmann também comenta sobre a pressão que muitos sentem ao tentar provar valor cedo demais no mercado. “As pessoas colocam ainda mais pressão. Ah, isso não vai dar certo. Ai, é aposta”, observa.Por isso, ele reforça que, além de capital e técnica, quem pretende seguir essa jornada precisa ter clareza emocional, principalmente quando é preciso extrair dinheiro do mercado. “Isso te coloca numa pressão pela tomada de decisão e, se o resultado não vem, você vai ficando ansioso”, alerta.“O mercado vai te dizer quando escalar”Para os que insistem em antecipar etapas, ele é categórico: o mercado não perdoa pressa. “O melhor caminho é começar de baixo, devagarinho, um contratinho. Depois que você sair do simulador, dois, três contratinhos. Você vai aos poucos galgando os degraus para poder operar mais pesado”, recomenda.Mais importante do que buscar atalhos, segundo ele, é respeitar o tempo da curva de aprendizado. “A melhor resposta quem vai dar não é você escolher operar mais pesado. É o mercado dizer quando é o momento com base no seu próprio desempenho”, conclui.Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice. The post Trader ensina como migrar para o mercado com responsabilidade e planejamento appeared first on InfoMoney.