“Foi um baque”, afirma Everton Ribeiro sobre diagnóstico de câncer

Wait 5 sec.

Quase uma semana após passar por uma cirurgia para retirada de um tumor na tiroide, Everton Ribeiro recordou os momentos de tensão que viveu ao descobrir a doença. Em entrevista ao Fantástico, no domingo (12/10), o meia do Bahia contou como reagiu ao receber o diagnóstico.“Foi assustador, né? No começo, eu nem falava essa palavra. Câncer. Para mim, é muito forte. A gente sabe que muitas pessoas sofrem, acabam perdendo a vida. Então, quando eu estava lá e recebi esse diagnóstico, foi um baque”, assumiu. Leia também Fábia Oliveira “Vamos vencer essa batalha”, diz Everton Ribeiro após revelar câncer Saúde Caso Everton Ribeiro: conheça os sintomas do câncer na tireoide Esportes Éverton Ribeiro se pronuncia após cirurgia para retirada de câncer Esportes Éverton Ribeiro: elenco do Bahia não sabia de diagnóstico de câncer E continuou seu relato: “Fui para o quarto e acabei chorando sozinho. Depois, liguei para minha esposa para conversar com ela. E, a partir daí, buscar informação, quais procedimentos. Mas até chegar a esse momento foi um caminho longo”, disse.“Queria chorar”, declarouAinda durante o bate-papo, o atleta comentou que a notícia veio pouco antes da viagem para a primeira partida da final da Copa do Nordeste, no dia 3 de setembro. Na ocasião, o Bahia jogou contra o Confiança.10 imagensFechar modal.1 de 10Everton Ribeiro com a esposa e os filhos no Cristo RedentorReprodução/Instagram @evertonri2 de 10Éverton Ribeiro e a esposa, Marília Nery.Reprodução / Instagram3 de 10Ídolo do Flamengo, Everton ganhou dez títulos no clube carioca Gledston Tavares/Eurasia Sport Images/Getty Images4 de 10Éverton Ribeiro é camisa 10 do Bahia.Ruano Carneiro/Getty Images5 de 10Reprodução6 de 10Letícia Martins/EC Bahia7 de 10Letícia Martins/EC Bahia8 de 10Everton Ribeiro se despede do FlamengoPedro H. Tesch / Getty Images9 de 10Everton Ribeiro marcou o terceiro gol do FlamengoBreno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto10 de 10Everton Ribeiro é apresentado no BahiaReprodução“Me deixaram à vontade se eu queria viajar ou não. Eu não queria viajar, queria chorar onde tinha que chorar. Mas eu conversei com a Marília (Nery, esposa), com os médicos e avisei que ia viajar. De um dia para o outro não ia mudar nada”, desabafou, antes de completar:“Fui viajar e a Marília foi resolver tudo. Foi atrás dos nossos amigos médicos e começou a organizar tudo. Eles (os médicos) nos tranquilizaram. Mas, até chegar neles, a Marília foi muito importante. Ela soube me ajudar no momento mais difícil”, declarou.A descoberta da doençaO alerta de que algo estava errado com a saúde de Everton Ribeiro foi ligado após ele fazer uma bateria de exames de rotina no departamento médico do clube. Os resultados apresentaram uma A alteração nos hormônios em relação ao anterior, em janeiro.Natalia Bittencourt, diretora de performance e saúde do time, falou sobre o caso: “A gente tem os exames de rotina, tanto da área médica quanto da área de preparação física, fisiologia e fisioterapia. E com o Everton não foi diferente: ele passou por toda a bateria de exames e, como a gente faz esse monitoramento ao longo de toda a temporada, o exame de sangue foi semestral. A gente conseguiu identificar essas alterações no meio do ano e, então, entender o passo a passo que seria feito”, pontuou.O apoio da esposaConforme o jogador relatou, sua esposa, Marilia foi parte fundamental nos cuidados que recebeu. Juntos há quase 19 anos, o casal preferiu se manter discreto sobre o caso, contando sobre o diagnóstico apenas para poucas pessoas, como amigos e familiares.A companheira esteve ao seu lado em todos os momentos e ele resolveu jogar até o dia anterior à cirurgia, atuando na vitória do Bahia sobre o Flamengo: “Foi um choque. Ele ligou e começou falando que o resultado tinha chegado, e o tempo todo eu esperava ouvir um ‘não, tá tudo bem, foi só um susto’. E aí ele falou assim: ‘Linda, infelizmente, é maligno’. A gente não tem histórico na família. Então, a gente não tem referência nenhuma. Naquele momento, a gente estava completamente no escuro. E, assim que desliguei o telefone, falei: ‘Eu tenho que resolver isso. Eu vou dar um jeito de resolver’, lembrou ela.E finalizou: “À noite, a gente já estava em consulta com um dos melhores médicos do Brasil. Ele é uma pessoa mais fechada e foi um momento de muita fragilidade que a gente viveu junto. Não foi fácil lidar com essa informação e viver esse momento. Mas isso aumentou a nossa parceria e hoje a gente pode dizer que a gente venceu”, encerrou.