Motta critica ocupação na Câmara por Glauber e diz que ato “não intimida a Casa”

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reagiu ao protesto do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que ocupou a cadeira da Presidência durante a sessão desta terça-feira (9) em ato contra a abertura de seu processo de cassação. A transmissão da TV Câmara foi interrompida e jornalistas foram retirados do plenário durante o episódio. Pouco tempo depois, a polícia legislativa retirou o parlamentar à força.Leia tambémMotta leva cassação de Ramagem ao plenário e ignora rito definido pelo STFPresidente da Câmara decide submeter perda de mandato ao plenário, apesar de ordem do Supremo para decisão administrativaHugo Motta quer votar PL da Dosimetria nesta terça (9) em meio à pressão por anistiaPresidente da Câmara quer votar proposta que revê penas do 8/1, enquanto senador acusa relator Paulinho da Força de travar o debate e impedir avanço que poderia beneficiar BolsonaroMotta classificou o gesto como uma tentativa de “intimidar a instituição”, mas disse que a reação não surtirá efeito sobre o rito das cassações em curso. Segundo ele, a Casa seguirá com o cronograma já anunciado, incluindo as análises dos processos contra Glauber, Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP).Em declarações nas redes sociais, Motta afirmou que a Câmara “não pode parar por atos individuais” e que medidas regimentais serão adotadas caso haja novas obstruções físicas ao funcionamento do plenário. O presidente também enfatizou que o direito de defesa será garantido, mas que isso não impede o avanço dos procedimentos previstos após as condenações do STF no âmbito da tentativa de golpe de Estado.A ocupação da cadeira ocorre em meio à escalada de tensão entre parlamentares e o comando da Casa. Glauber protestava contra a decisão de Motta de pautar seu processo diretamente em plenário — o mesmo rito adotado para Alexandre Ramagem, foragido nos Estados Unidos — sem envio prévio à CCJ. O deputado do PSOL afirma ser alvo de perseguição política e iniciou, em novembro, uma greve de fome para denunciar o que chama de “cassação sumária”.O episódio desta terça aumenta a pressão sobre a Mesa Diretora, que tenta conduzir simultaneamente três processos de perda de mandato envolvendo parlamentares de alta projeção política. Segundo Motta, no entanto, a agenda seguirá inalterada.“Decisões do Supremo serão analisadas pela Câmara, como determina o regimento. A instituição vai cumprir seu papel”, disse ele.The post Motta critica ocupação na Câmara por Glauber e diz que ato “não intimida a Casa” appeared first on InfoMoney.