O Procon-SP (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo) notificou a concessionária Enel após demora no restabelecimento da energia de milhões de clientes na Grande São Paulo, por conta das fortes rajadas de vento que atingem a região desde terça-feira (9).No documento, publicado nesta quinta-feira (11), o órgão solicita que a empresa explique, de forma clara, qual a estrutura logística e plano de contingência para atender situações emergenciais. Prazo de resposta é de seis dias. Leia Mais Procon realiza fiscalização em Congonhas após cancelamentos de voos em SP Aneel cobra Enel após 2 milhões sem energia por ventania Enel cita evento atípico e evita previsão para volta total de luz em SP O Procon-SP considerou publicidades e manifestações anteriores da concessionária, em que afirmava que possui milhares de equipes de campo trabalhando.SP amanhece com mais de 1,5 mi locais sem luz após dia de vendavalO órgão explica que a grande quantidade de clientes reclamando da demora na retomada do fornecimento de energia elétrica contradiz a Enel.Além disso, a notificação se baseou em imagens de garagens da Enel com muitos veículos estacionados e que não teria equipes em grande quantidade pelas ruas.A solicitação também diz para a empresa esclarecer como é sua estrutura de atendimento aos consumidores para registro de reclamações. O órgão pede ainda que a empresa detalhe seu plano de contingência para atuação em emergências.A CNN entrou em contato com a Enel e aguarda uma resposta.Ciclone e ventania deixam mais de 2,2 milhões de pessoas sem energia em SPProcon alerta para reclamaçõesO órgão alerta para os clientes que tiverem prejuízos por conta da falta de energia prolonga, como queima de eletrodomésticos ou perda de alimentos.O comunicado orienta que os consumidores abra um pedido de ressarcimento por danos diretamente com a Enel e, caso a empresa não responda ou ofereça uma solução após um prazo a ser estabelecido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o cliente acione o Procon-SP.Se ainda, sim, o ressarcimento não ocorrer, o consumidor deverá procurar o Poder Judiciário para obter indenizações por danos materiais e morais.