Com um cenário-base do Ibovespa a 190 mil pontos e exposição overweight (exposição acima da média do mercado) para o Brasil entre os emergentes em 2026, o JPMorgan destacou em relatório quais são as ações preferidas e as para ficar de longe para o próximo ano.Olhando para o cenário geral, o banco está otimista em relação ao Brasil para 2026 e vê dois fatores-chave que podem gerar retornos “desproporcionalmente altos”. Em primeiro lugar, a equipe de estratégia espera cortes nas taxas de juros no primeiro trimestre. As taxas reais estão no nível mais alto do mundo, o que está ajudando a economia a desacelerar e, consequentemente, a inflação. O JPMorgan prevê que o início do afrouxamento monetário ocorrerá entre janeiro e março. Uma vez iniciado, o banco central deverá cortar 50 pontos-base em cada reunião, reduzindo as taxas em 4 ou 3,5 pontos percentuais, o que representaria um grande impulso para as ações. O segundo ponto é que este é o primeiro ciclo de afrouxamento monetário da história a ocorrer simultaneamente a eleições. “Acreditamos que o tema das eleições será muito relevante a partir de abril, no máximo. A corrida presidencial de outubro de 2026 já está em foco e, considerando que o resultado é binário e provavelmente apertado, a volatilidade será alta. O mercado pode atingir o pico no início do ciclo de afrouxamento monetário e, após as eleições, ultrapassar ou ficar significativamente abaixo desse nível”, avalia o banco.Se no cenário-base a visão é de um Ibovespa a 190 mil pontos, o cenário otimista é do índice a 230 mil pontos e o pessimista é do benchmark da Bolsa a 120 mil pontos.Os fatores determinantes para o desempenho dos mercados em 2026 no Brasil serão mais internos do que globais, avalia o banco. Além do cenário fiscal, o cenário macroeconômico é propício ao afrouxamento da política monetária: o crescimento está desacelerando, a inflação e as expectativas de inflação estão em queda. O JPMorgan está mais moderado do que os mercados em relação às taxas de juro e a eleição de outubro é uma grande fonte de volatilidade, pois o resultado é binário por natureza, mas o potencial de alta é maior do que o de baixa.Ações preferidas…Neste cenário, a seleção de ações do banco se concentra em setores e empresas melhor posicionados para se beneficiarem dos cortes de juros esperados e da potencial reavaliação das ações brasileiras. “Priorizamos setores sensíveis às taxas de juros: as ações dos setores financeiro e de consumo discricionário devem ser as mais beneficiadas com a queda das taxas reais e a melhora das condições de crédito”, avalia a equipe de análise.Dentro do quadro de escolhas, o banco aponta que a sua melhor escolha é o Nubank (BDR: ROXO34), com as ações negociadas na Bolsa de Nova York. O preço-alvo é de US$ 18. O JPMorgan ressalta que a empresa também melhorou significativamente sua rentabilidade nos últimos anos, impulsionada por novos produtos, escala e alavancagem operacional. O Nubank apresenta retornos sobre o patrimônio líquido (ROE) acima de 70% no Brasil, apesar de possuir US$ 1,8 bilhão em capital excedente (dados do 3º trimestre de 2025). É a maior ação do MSCI Brasil e deve se beneficiar de fluxos de investimento passivos e ativos, à medida que os investidores se posicionam para o que promete ser um ano promissor no Brasil, avalia. Confira as ações preferidas do banco para 2026:EmpresaRecomendação (JPM)Preço‑alvo SLC AgrícolaN (Neutral)R$ 19,00Embraer SA (EMBJ)OW (Overweight)US$ 80,0Cemex LatAmOW (Overweight)US$ 10,50CyrelaOW (Overweight)R$ 40,00YduqsOW (Overweight)R$ 22,00NubankOW (Overweight)US$ 18,00B3N (Neutral)R$ 15,00Arca ContinentalOW (Overweight)210,0 pesos mexicanosHyperaOW (Overweight)R$ 32,00Vale ON (VALE)OW (Overweight)US$ 15,50Petrobras ON (PBR)OW (Overweight)US$ 16,50SuzanoOW (Overweight)R$ 83,50AllosOW (Overweight)R$ 33,00Fibra UnoOW (Overweight)33,0 pesos mexicanosTiendas 3BOW (Overweight)US$ 39,0MillicomOW (Overweight)US$ 63,0LocalizaOW (Overweight)R$ 59,00SabespOW (Overweight)R$ 160,0… e ações “menos preferidas”Por outro lado, vê como “menos preferida” as ações da CSN Mineração (CMIN3), com recomendação underweight (exposição abaixo da média) para os ativos.Para os analistas do banco, de uma perspectiva macroeconômica, é improvável que o minério de ferro seja uma commodity que se beneficiará das perspectivas para 2026. Além disso, existem outras opções mais baratas e com volume de negociação muito maior, avalia. Confira as ações “menos preferidas” do JPMorgan para 2026: EmpresaRecomendação (JPM)Preço‑alvoAdecoagroUW (Underweight)US$ 7,0TupyUW (Underweight)R$ 16,0Cem. PacasmayoUW (Underweight)US$ 7,5AnimaN (Neutral)R$ 5,0Santander ChileN (Neutral)US$ 30BB SeguridadeUW (Underweight)R$ 34,0AmbevN (Neutral)R$ 15,0FleuryN (Neutral)R$ 15,0CSN MineraçãoUW (Underweight)– OrbiaN (Neutral)US$ 18,50CopecN (Neutral)6500 pesos chilenosLog CPUW (Underweight)R$ 28,0Magazine LuizaUW (Underweight)R$ 6,50SondaN (Neutral)340 pesos chilenosAzulN (Neutral)– CemigUW (Underweight)R$ 12,0The post As ações que devem se destacar e as para passar longe em 2026, segundo o JPMorgan appeared first on InfoMoney.