A data do dia 11 de dezembro é marcada pela comemoração do Dia Nacional das APAES. Ela serve para celebrar e promover a inclusão de pessoas com deficiência intelectual e múltipla, valorizando o trabalho das instituições e a luta por direitos e cidadania. Já em Valparaíso, a APAE local foi fundada em 29 de novembro de 1983 e atende 320 pessoas nos departamentos de Educação, Assistência Social e Saúde. O público predominante são pessoas com deficiência intelectual. Além disso, são 48 profissionais trabalhando em prol das pessoas com deficiência, como por exemplo: Professores, Psicólogo, Fonoaudiólogo que vai começar em janeiro, Fisioterapeuta, Psiconutricista, Musicoterapeuta e Assistente Social. APAE Valparaíso/ Foto: Guto FerrarezziA reportagem esteve no local, na última segunda-feira (08/12) e conversou com a diretora da instituição Patrícia Giroto. No decorrer da entrevista ela comentou que a musicoterapia é um trabalho que chama a atenção das crianças, trabalha o vocabulário, promove a saúde, reabilitação e bem-estar físico, mental e social de pessoas ou grupos indo além do mero ensino musical para alcançar objetivos terapêuticos como melhorar a comunicação, memória, humor e qualidade de vida em diversas condições de saúde. “Eles adoram” Professor de musicoterapia, Rodrigo Vieira/ Foto: Guto FerrarezziComentou também que, nas salas de aulas, monitores ajudam os docentes durante os ensinamentos. Esses profissionais passam por um curso online que é oferecido pela federação estadual das APAES com o objetivo de se capacitarem para a função. “Elas também vão no ônibus que buscam eles nas casas”. Regularizada Segundo Patrícia a APAE é uma escola regularizada diante da Diretoria de Ensino que recebe recursos da secretaria de educação estadual para manter quatro salas de aula e, além disso, o restante, é sustentado através de um convênio com a prefeitura de Valparaíso (SP). “No total são 9 salas” Ainda segundo Patrícia, as salas são montadas tendo em conta a idade cronológica e, seguidamente, é confeccionado um plano individualizado que trabalhará o aluno em sua necessidade. Em sua rotina, os alunos chegam no transporte da APAE, vão até o refeitório para se alimentar com o café da manhã e, posteriormente, vão até a sala de aula. “A rotina da sala de aula é de acordo com cada um” Refeitório da APAE Valparaíso/ Foto: Guto FerrarezziO currículo escolar irá ofertar atividades relacionadas com as demandas de cada educando. Um exemplo são alunos que precisam de ajuda para conseguirem segurar uma caneca para ingerir líquidos sozinhos. “Todos eles vão evoluindo com o tempo”. Outro serviço ofertado é o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Ele atende as crianças da rede municipal com deficiências consideradas levas que estão matriculadas no ensino regular. Elas conseguem caminhar com os demais estudantes, entretanto, ela vai até a APAE para trabalhar sua principal dificuldade. “Acontece sempre no contraturno” Casos marcantes Conforme Giroto, ocorrem diversos casos marcantes de evolução dos alunos. Ela falou que alguns estudantes que não conseguiam levantar o próprio pescoço e, após passarem por terapia, obtiveram sucesso. “Também já tivemos casos de crianças que começaram a andar aqui” Ainda conforme Giroto, as situações são motivos de grande felicidade. Ela está na APAE desde o ano de 1990, devido ao fato do próprio pai, Wilson Giroto, ser o fundador da instituição na cidade, já que o irmão, Wilson Giroto Júnior é uma pessoa especial. Contudo, na época ele e outros genitores buscavam o serviço em Araçatuba (SP), há aproximadamente 47km de Valparaíso (SP), mas acabaram fundando a APAE na cidade. No período Patrícia queria brincar com seu irmão e as crianças. Depois começou a trabalhar na instituição e está até os dias atuais e, quando iniciou, atendiam aproximadamente 40 pessoas.Sala Multissensorial Ademais, sua motivação é ajudar no crescimento da instituição. Ela relatou que ganhou recursos para construir uma sala Multissensorial, para trocar os móveis e climatizar a localidade. Relatou também que estão construindo uma quadra para a prática de atividades e, recentemente, assinou um termo de parceria com o governo estadual concretizar a reforma do prédio. O trabalho anda gerando resultados positivos para os frequentadores da instituição. Um exemplo é de um aluno que, quando chegou na APAE, não sabia ler e escrever, mas com o trabalho e uma parceria na cidade ele conseguiu um trabalho como empacotador de supermercado. “Já faz 10 anos que ele está lá” Recentemente um rapaz chegou na APAE com 19 anos de idade com o diagnóstico de autista. Ele foi acolhido pela equipe, passou pelas terapias, evoluiu e diante da situação, foram procuradas parcerias e uma Usina de Açúcar e Álcool contratou o jovem. “Ele está muito feliz” O fato gerou alegria em Patrícia e nos demais colaboradores da APAE de Valparaíso (SP). A data A filial de Valparaíso (SP), também atende pessoas de Bento de Abreu (SP), localizada há aproximadamente 10km. A administração municipal transporta os alunos com um ônibus próprio. “Temos um termo de parceria com eles também”. Já em relação ao “Dia das APAES” Patrícia falou que a data deve ser cada vez mais lembrada e comemorada, por causa da relevância do movimento. Ela acredita que a data serve para mostrar a importância do espaço para as pessoas com deficiência. Em sua trajetória, Giroto já presenciou casos de estudantes que estavam no ensino regular, com dificuldades e que, após chegarem a APAE se encontraram. Para mais, ela crê que o espaço de cada um deve ser respeitado e que a instituição é um lugar de inclusão. “Participamos de tudo na cidade” Os populares estão convidados a conhecerem o trabalho da APAE. Ela fica localizada na rua Geraldo Arantes, no bairro Jardim Primavera. Os interessados podem comparecer no local ou entrar em contato nas redes sociais. O post APAE em Valparaíso atende 320 pessoas apareceu primeiro em AGORA NA REGIÃO.