O ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), destravou na terça-feira (9) um inquérito contra o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) que estava parado havia cerca de dois anos.Paulinho é o relator do chamado PL (Projeto de Lei) da Dosimetria, aprovado pela Câmara nesta quarta-feira (10). O projeto reduz penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado a 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado.O inquérito apura o suposto envolvimento do deputado em um esquema de captação ilícita de clientes para ações trabalhistas, a partir da venda de listas de trabalhadores demitidos obtidas junto a sindicatos sob sua influência. Paulinho é ligado à Força Sindical. Leia Mais Análise: Desordem política em Brasília e as eleições de 2026 Garnier pede autorização para receber barbeiro na prisão Análise: Decisão de Gilmar é para evitar um novo confronto com Congresso A investigação teve início no MP-SP (Ministério Público de São Paulo), após uma notícia-crime apresentada em agosto de 2018 que relatava a cobrança de R$ 10 mil mensais por essas informações e incluía um contrato firmado com advogados.Em 2023, a PF (Polícia Federal) pediu ao STF que definisse se o caso deveria permanecer na Corte ou ser enviado à primeira instância, já que Paulinho havia perdido o foro ao ficar sem mandato. O Supremo não respondeu desde então.O deputado voltou à Câmara em novembro de 2023 como suplente, após a cassação de Marcelo Lima (Solidariedade-SP), mas o inquérito seguiu paralisado.No mês passado, a PF enviou novo ofício cobrando uma definição sobre arquivamento ou continuidade das apurações. Mendonça, então, determinou nesta terça-feira que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre o caso.Paulinho da Força: Tudo que eu fizer STF tem que bater o martelo | CNN 360°