O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), recuou e suspendeu o trecho de sua liminar que restringia à PGR (Procuradoria-Geral da República) o poder de pedir impeachment de ministros da Corte. A decisão atende parcialmente a um pedido apresentado pelo Senado Federal, segundo análise de Larissa Rodrigues no CNN 360°.Apesar dessa concessão, Gilmar Mendes manteve outros pontos controversos de sua decisão anterior. Entre eles, está o aumento do quórum necessário para aprovação do impeachment de um ministro do STF, que passou de 41 para 54 votos no Senado. Essa mudança equipara o processo ao quórum exigido para aprovação de uma emenda à Constituição, elevando significativamente a dificuldade para afastar um ministro do cargo. Leia Mais: Análise: Desordem política em Brasília e as eleições de 2026 Análise: Decisão de Gilmar é para evitar um novo confronto com Congresso Gilmar pede debate sobre impeachment de ministros no plenário físico do STF Outro ponto mantido na decisão foi a proibição de afastamento do ministro do cargo e do corte de salários durante o processo de impeachment. Essa determinação contrasta com o que ocorre no caso de impeachment presidencial, como aconteceu com a Dilma Rousseff, que foi afastada do cargo assim que o processo foi aberto até sua conclusão.Justificativa para manutenção das medidasNa nova decisão, Gilmar Mendes justificou a manutenção dos outros pontos de sua liminar como sendo “instrumento de proteção à independência do poder judiciário”. O ministro entendeu ser improcedente a suspensão total da medida cautelar como solicitado pelo Senado Federal.A decisão de Gilmar Mendes ocorre em meio a tensões entre o STF e o Poder Legislativo. A liminar original havia gerado críticas por parte de parlamentares, que viram na decisão uma interferência nas prerrogativas do Senado Federal, que é o órgão responsável por julgar pedidos de impeachment contra ministros do STF, conforme previsto na Constituição. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.