O Natal de 2025 chega com mesa farta — mas também mais salgada. Uma pesquisa da VR, que analisou mais de 13 milhões de notas fiscais escaneadas entre 2024 e 2025, mostra que 9 dos 13 alimentos da ceia ficaram mais caros neste fim de ano. E, entre eles, um vilão se destaca: o bacalhau. Se, no ano passado, o quilo custava R$ 61,59, agora a média bate R$ 113,36, uma alta de 84,7% em apenas 12 meses. É o item que mais pode pesar no bolso. Proteínas lideram a alta e reorganizam a mesa do brasileiro A disparada do bacalhau não veio sozinha. As demais proteínas, tradicionalmente as protagonistas do jantar de Natal, também subiram: Lombo suíno: +18% Aves festivas (Chester e Fiesta): +16,9% Peru: de R$ 112,31 para R$ 114,99 — alta de 2,4% O peru, embora tenha subido menos, mantém o posto de uma das proteínas mais caras da mesa natalina — e com reajuste ainda acima da inflação dos alimentos em várias capitais. Há alívio no cardápio de natalNem tudo, porém, pesa no bolso. Três produtos essenciais apresentaram queda de preços, ajudando a equilibrar o custo da mesa: Tender: –11,3% Pernil: –1,9% Azeite: –23,8% A queda do azeite é especialmente significativa: depois de dois anos de preços pressionados pela quebra de safra no Mediterrâneo, o mercado internacional voltou a se ajustar, e o preço do produto finalmente cedeu nas prateleiras brasileiras. A lentilha, outro item simbólico do Réveillon, também entrou na lista das reduções, com recuo moderado, segundo a pesquisa. Itens afetivos sobem menos Alguns produtos tradicionais, com forte valor emocional, tiveram altas mais modestas, mas não deixaram de subir: Panetone/Chocotone: +6,4% Vinho e espumante: +1,5% Leite condensado: +1,3% Farofa: +0,3% Uva-passa: +7,6% As bebidas alcoólicas tradicionais do período foram as que menos subiram. Já panetone e o chocotone — quase uma instituição nacional — encaram uma alta moderada, mas que pesa quando se compra mais de uma unidade.