As diretorias de Palmeiras e Flamengo levaram a rivalidade para fora das quatro linhas. A presidente da equipe alviverde, Leila Pereira, rebateu a atitude do clube carioca, que propôs o fim do gramado sintético no futebol brasileiro e a padronização da relva.Vale lembrar que o Allianz Parque, domínio do Verdão, utiliza grama sintética, assim como a segunda casa do Palmeiras, a Arena Barueri.3 imagensFechar modal.1 de 3Allianz Parque utiliza grama sintética.Alexandre Schneider/Getty Images)2 de 3Leila Pereira é presidente do Palmeiras.Chris Brunskill/Fantasista/Getty Images3 de 3Bap, presidente do FlamengoBeatriz Orle/Especial MetrópolesEm nota enviada à imprensa, Leila alfinetou a diretoria do Flamengo, comandada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Nas palavras da dirigente da equipe paulista, o clube carioca “sempre se omitiu” de diversos debates relacionados ao futebol brasileiro.“Durante este ano, eu participei de vários debates com presidentes de outros grandes clubes, nos âmbitos da CBF e da LIBRA, e o Flamengo sempre se omitiu. Portanto, é até louvável que o Flamengo apresente uma proposta supostamente em benefício do futebol brasileiro, e não somente em benefício dele próprio”, disse Leila.A mandatária declarou que a discussão sobre utilizar ou não gramado sintético em jogos de futebol profissional é “pautada pelo clubismo”. Além disso, criticou o gramado do Maracanã, utilizado pelo Flamengo, e afirmou que o Rubro-Negro poderá opinar sobre a questão quando construir o próprio estádio.“Se a atual gestão do Flamengo, comandada pelo presidente Bap, estivesse realmente preocupada com a qualidade dos gramados do Brasil, o campo do Maracanã não seria tão ruim quanto é. Aliás, o Flamengo, no dia em que tiver um estádio próprio, pode instalar nele o tipo de gramado que quiser”, declarou.A proposta da não utilização de grama sintética foi levada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) durante as conversas sobre a implementação do fair play financeiro. No entanto, não foi colocada em pauta por não ter relação com o tema inicial do debate. Leia também EsportesLeila Pereira sobre derrota: “O que me machuca me deixa mais forte” EsportesLeila Pereira recepciona time do Palmeiras em Lima antes de final EsportesFlamengo alcança maior saldo de gols no Brasileirão com 20 clubes EsportesBap descarta saída do Flamengo da Libra: “Zero chance” Confira a nota completa de Leila Pereira“Antes de mais nada, eu fico contente que a atual gestão do Flamengo demonstre, enfim, algum interesse em contribuir com a melhora do futebol brasileiro. Durante este ano, eu participei de vários debates com presidentes de outros grandes clubes, nos âmbitos da CBF e da LIBRA, e o Flamengo sempre se omitiu. Portanto, é até louvável que o Flamengo apresente uma proposta supostamente em benefício do futebol brasileiro, e não somente em benefício dele próprio.Em relação a essa discussão sobre a qualidade dos gramados do Brasil, infelizmente, é algo que vem sendo pautado pelo clubismo. O fato é que não há qualquer evidência científica de que os campos sintéticos ofereçam maior risco de lesão aos atletas. Inclusive, desde que implementou o gramado artificial no Allianz Parque, em 2020, o Palmeiras é um dos clubes da Série A com menor número de jogadores lesionados. Portanto, as alegações feitas pela atual gestão do Flamengo não passam de fake news.Se a atual gestão do Flamengo, comandada pelo presidente Bap, estivesse realmente preocupada com a qualidade dos gramados do Brasil, o campo do Maracanã não seria tão ruim quanto é. Aliás, o Flamengo, no dia em que tiver um estádio próprio, pode instalar nele o tipo de gramado que quiser. O Palmeiras tem estádio próprio e optou por colocar um gramado artificial. Eu também tenho um estádio, a Arena Crefisa Barueri, e decidi pela implementação do piso sintético. O mais importante é respeitarmos as regras da FIFA e a integridade física dos atletas, sem clubismo e sem fake news”.