Kremlin apoia nova estratégia de segurança dos EUA anunciada por Trump

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O governo de Vladimir Putin afirmou que a nova estratégia de segurança nacional dos Estados Unidos está, de modo geral, “em conformidade” com a visão de mundo da Rússia.Em entrevista neste domingo (7/12), o porta-voz do Kremlin elogiou as medidas apresentadas pelo governo norte-americano — baseada na abordagem nacionalista do presidente Donald Trump.“Os ajustes que observamos, eu diria, estão globalmente em conformidade com a nossa visão”, disse Dmitri Peskov ao canal de televisão pública Rossia.Peskov acrescentou ainda que a expectativa é de que a nova diretriz do governo Trump possa “constituir uma garantia modesta para a capacidade [da Rússia] de continuar, de forma construtiva, o trabalho conjunto para encontrar uma solução pacífica na Ucrânia”. Leia também MundoRússia diz ter derrubado 77 drones ucranianos durante a madrugada MundoRússia e Índia fecham acordo para elevar comércio a US$ 100 bilhões MundoPutin pressiona e diz que Rússia tomará Donbas “de qualquer forma” MundoRússia diz que só negocia a guerra da Ucrânia com os EUA O documento divulgado pelos EUA delineia o principal foco militar da administração Trump. A nova estratégia de segurança nacional passa a direcionar maior atenção à América Latina.O texto também confirma uma espécie de retomada da Doutrina Monroe, desta vez aplicada à região latino-americana, onde Trump mantém embates com Colômbia e Venezuela.Segundo o documento, os Estados Unidos “passarão a aplicar a Doutrina Monroe para restaurar a preeminência americana no hemisfério ocidental” e para proteger tanto seu território quanto o acesso a “geografias-chave em toda a região”.Sem OtanO documento divulgado pela Casa Branca declara que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — aliança militar liderada pelos EUA — não será ampliada, frustrando as expectativas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que vê na expansão do bloco uma via para negociar a paz.Com relação à Europa, o texto faz críticas à União Europeia, responsabilizando o bloco pelo chamado risco de “extinção civilizacional”, ao mesmo tempo em que poupa a própria Rússia de qualquer menção negativa.