Quem é o Faraó dos Bitcoins, que mantinha núcleo bilionário no DF

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Glaidson Acácio dos Santos (foto em destaque) é o líder do grupo empresarial ligado ao esquema bilionário de captação ilegal de investimentos em criptoativos, alvo de operação da Polícia Federal (PF), nesta terça-feira (9/12), no Distrito Federal. A informação foi apurada com exclusividade pela coluna.Conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, o homem, de 42 anos, é ex-garçom, ex-pastor e empresário. Seu nome tomou conta das manchetes nacionais em 2021, ao entrar na mira da polícia, acusado de ter montado um esquema financeiro que teria roubado mais de R$ 9 bilhões de clientes espalhados por todo o país. Leia também Mirelle PinheiroFamília de Peixão é interceptada em fuga para a Bolívia com joias valiosas Mirelle PinheiroPoliciais civis e militares são alvo de ação contra milícia no Rio Mirelle PinheiroGolpe com cripto movimenta R$ 2,7 bilhões e vira alvo da PF no DF Mirelle PinheiroProfessor do DF é alvo de operação por ameaça e assédio sexual Além de ser apontado como o líder da estrutura financeira fraudulenta, Glaidson também virou réu por tentativa de homicídio. A vítima, identificada como Nilson Alves da Silva, sofreu uma tentativa de assassinato em 20 de março de 2021, em Cabo Frio, na Região dos Lagos.A prisãoEle está preso desde agosto de 2021, após ser apontado como o centro de uma das maiores operações da história da PF envolvendo criptoativos.Na ocasião, foram apreendidos aproximadamente R$ 150 milhões em criptomoedas, R$ 14 milhões em espécie, dezenas de carros de luxo, além de relógios e joias avaliados em milhões.Candidato a deputado federalMesmo no centro de uma investigação minuciosa, o homem pediu o registro de candidatura ao cargo de deputado federal pelo partido DC.No entanto, teve a sua candidatura impugnada em agosto de 2022 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.À época, ele declarou à Justiça Eleitoral um total de R$ 60.450.000,00 em bens, sendo R$ 450 mil em um “apartamento” e R$ 60 milhões em “quotas ou quinhões de capital”. Glaidson ainda se disse casado, empresário e afirmou possuir ensino superior completo.Mesmo com a candidatura sob júdice, o criminoso obteve mais de 37 mil votosCondenadoGlaidson foi condenado, em outubro deste ano, a 19 anos e 2 meses de prisão por organização criminosa e corrupção ativa, no âmbito da Operação Novo Egito, conduzida pelo Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro.Seu braço direito, Daniel Aleixo Guimarães, o Dany Boy, recebeu pena de 16 anos e 4 meses. Desde 2023, o criminoso cumpre pena na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR).