Bolsa deve ter novo ano forte com queda de juros no Brasil e nos EUA, avalia XP

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O ano de 2026 se avizinha com uma mudança de correlação de forças capazes de influenciar o mercado brasileiro, na visão da XP Investimentos. Em relatório publicado nesta segunda-feira (8) com visões para o próximo ano, analistas apontam para um ano em que, ao contrário de 2025, o setor externo deixará de ser o catalisador protagonista de preços, dando lugar ao corte da Selic e, principalmente, às eleições no segundo semestre.Participe do Onde Investir 2026 e desbloqueie planilhas exclusivas, relatórios, planner financeiro e todos os painéis do evento; inscreva-se.Ainda assim, a casa segue apostando na alta da Bolsa brasileira, apoiada no histórico de ganhos durante ciclos de quedas de juros que deve levar a Selic para 12% ao final de 2026. O cenário base é de 185 mil pontos, com projeção pessimista de 144 mil pontos e 223 mil em uma visão otimista. “Historicamente, na média, a bolsa brasileira sobe 35% desde o início desse ciclo de corte de juros. Nesse ciclo atual, gente estava para trás dessa média histórica e recentemente, com rali, a gente voltou mais para próximo da média histórica”, avalia Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP. “Mas olhando para frente, com o Banco Central de fato iniciando o ciclo de corte de juros, a gente acredita que isso consegue dar suporte para o mercado.”Mas é preciso cautela. O episódio de sexta-feira (6), com a queda forte do mercado após o anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro à Presidência da República abriu para o que é esperada para ser uma temporada de volatilidade que deve marcar o ano que vem. “A gente acredita que o noticiário local vai começar a importar mais do que importou em 2025. Enquanto neste ano o grande tema da precificação e do rali do mercado aqui foi a rotação para mercados emergentes, no ano que vem, cenário de juros e eleições devem começar a fazer mais preço nos ativos brasileiros”, pontua Ferreira.Entre os papeis preferidos para 2026, a XP destaca, entre outras: Itaú Unibanco (ITUB4), Equatorial (EQTL3), Cyrela (CYRE3), Prio (PRIO3), Sabesp (SBSP3) e Iguatemi (IGTI11).Macro e renda fixaO desempenho da economia brasileira robusto em 2025, assim como outros indicadores positivos, ainda não são o suficiente para corrigir alguns desequilíbrios. Os analistas do Research da XP citam a desinflação desigual, com concentração em bens duráveis e alimentos. Outro aspecto mencionado é a importância do cumprimento da meta para estabilizar a relação entre dívida e PIB. Aprenda com especialistas renomados, ganhe acesso a cursos, simuladores e relatórios exclusivos; inscreva-se no evento Onde Investir 2026.Um dos destaques para o ano poderá ser justamente a perspectiva de reformas econômicas que possam ser conduzidas pelo vencedor da eleição presidencial do ano que vem. Ainda assim, no fiscal, a expectativa desde já que a meta fique mais próxima de ser atingida em 2026, considerando que o desempenho da arrecadação continua positivo no curto prazo, segundo o relatório. Na política monetária, os analistas consideram que há espaço para ciclo de cortes gradual, com dinâmica inflacionária melhor que o esperado. “Vemos motivos para o Copom seguir conservador por mais algum tempo. Medidas fiscais e parafiscais em discussão podem impulsionar a demanda interna, elevar a inflação e ampliar o déficit em conta corrente no próximo ano”, afirmam os analistas. Com a Selic ainda em patamar mais alto, a XP vê ainda atratividade para a renda fixa, e passa a recomendar maior alocação em papéis prefixados visando o ganho na queda dos juros. ExteriorO principal tema geopolítico global também será o ciclo eleitoral, não somente no Brasil, mas também nos EUA (considerando as midterms) e outros países latinos, como Colômbia e Chile. Os eventos se tornam especialmente relevantes por potencial de alteração do balanço direita-esquerda.A XP mantém visão de dólar fraco, mas com menor intensidade do que o visto até aqui. “Vemos um dólar fraco contra tudo”, afirma Artur Wichmann, CIO da XP. A recomendação é de exposição de 15% da carteira a ativos internacionais, com destaque para a China.Para China, a visão é de “pouso suave”, considerando que o governo tem instrumentos e capacidade para manter a economia funcionando. Ainda assim, os riscos estariam mais inclinados para o lado negativo, com maior repercussão para países exportadores de commodities, como o Brasil. The post Bolsa deve ter novo ano forte com queda de juros no Brasil e nos EUA, avalia XP appeared first on InfoMoney.