Um grupo suspeito de se passar por policiais civis foi preso após tentar retirar 36 animais de uma fazenda na zona rural de Iracema, no Sul de Roraima, na tarde de domingo (7/12).A quadrilha usou armas, coletes balísticos e até caminhões boiadeiros para dar aparência de cumprimento de uma falsa ordem judicial. Sete pessoas foram detidas. Leia também Mirelle PinheiroInimigo oculto: sargento do Bope é preso por vazar operação no Rio Mirelle PinheiroInformantes: quem são os PMs presos por vazar operações para o CV Mirelle PinheiroZero Grau: veja quem são os influenciadores presos em operação no Rio Mirelle PinheiroZero Grau: jovem que criou o “motojet” no Rio é alvo de operação Segundo a Polícia Militar, a ação criminosa começou a ser desvendada quando uma moradora viu dois homens armados circulando na vicinal junto a dois caminhões usados para transporte de gado.Ela acionou a PM, que encontrou um carro com dois homens, de 44 e 51 anos. A dupla afirmou estar “cumprindo determinação judicial”, mas não tinha qualquer documento ou acompanhamento de autoridade legítima.A partir das informações, policiais foram até a fazenda. O caseiro relatou que encontrou o cadeado do portão arrombado, a porta da casa violada e que a internet havia sido desligada, uma tática, segundo ele, para impedir que qualquer denúncia fosse feita.Dias antes, dois dos mesmos suspeitos apareceram na propriedade, dizendo ser policiais e recomendando que o funcionário “não comentasse a visita”.O fazendeiro, de 42 anos, contou que ao chegar na propriedade com a filha para tentar impedir que o gado fosse levado, acabou sendo ameaçado. Um dos suspeitos se apresentou como policial civil, sacou uma arma e mandou que ele “não interferisse”.Os animais já estavam sendo preparados para o transporte totalizando 22 vacas, 11 bezerros, um touro e dois cavalos, um prejuízo estimado em mais de R$ 80 mil.Além das prisões, a polícia apreendeu uma arma de fogo, coletes balísticos, celulares, documentos, R$ 7,1 mil em espécie e um carro utilizado na ação. Os caminhões boiadeiros também foram identificados.O caso foi encaminhado para a Polícia Civil, que apura os crimes de roubo qualificado, usurpação de função pública e exercício arbitrário das próprias razões.