Como saber se a praia está própria para banho em SP?

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No verão, além de garantir a hidratação, o protetor solar e a diversão, vale conferir se o mar está liberado para banho. Toda semana, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) avalia a qualidade da água de 175 praias do litoral paulista e classifica cada ponto como próprio ou impróprio.Há mais de cinco décadas, técnicos da Cetesb coletam amostras exatamente onde os banhistas entram no mar e as levam para análise laboratorial. O objetivo é detectar Enterococos, bactérias microscópicas que funcionam como sinais de alerta para contaminação fecal. É essa medição que determina se a praia será considerada adequada ou não para o banho.Praia no Guarujá em janeiro de 2019. | Foto: Governo do Estado de São PauloA divulgação dos resultados ocorre sempre às quintas-feiras, quando o boletim atualizado é publicado no site e no aplicativo da Cetesb (Android e iOS), e as bandeiras são trocadas nas praias monitoradas.O que é balneabilidade?Balneabilidade é o nome técnico usado para indicar se a água do mar está adequada para o banho. Os parâmetros para essa avaliação são estabelecidos pela legislação ambiental vigente no país e seguem padrões internacionais utilizados no mundo todo para avaliar o risco de exposição a bactérias que podem causar principalmente infecções gastrointestinais, de pele e de ouvido.Os dados orientam ações de prefeituras e concessionárias de saneamento, como reforço na operação de esgotamento, manutenção de redes, identificação de lançamentos irregulares e adequações na drenagem.“Nosso objetivo é fornecer ao público informações confiáveis e atualizadas. A medição da qualidade da água da praia é uma ferramenta essencial para apoiar a gestão pública e proteger a saúde da população”, explica Claudia Lamparelli, gerente do Setor de Águas Litorâneas da Cetesb. Leia também: 1.4 animais perigosos encontrados em praias brasileiras 2.Praia no interior? 7 opções para um banho de rio em SP Como a Cetesb faz a análise?O processo acontece toda semana, sem interrupção, ao longo de todo o ano.Passo 1 – Dia de coletaNo primeiro dia da semana, equipes da Cetesb percorrem todas as praias monitoradas. A coleta é feita exatamente no ponto onde os banhistas entram no mar, sempre na mesma área, no mesmo horário e a 1 metro de profundidade, para garantir padronização.Passo 2 – Análise em laboratórioAs amostras seguem para os laboratórios da Cetesb, onde os técnicos analisam a presença de Enterococos. As amostras de água são colocadas em meios de cultura adequados e depois vão para uma estufa onde, se houver contaminação, crescerão colônias de bactérias microscópicas que podem ser visualizadas por meio de corantes específicos e do microscópio.Praia do Perequê Açu, em Ubatuba, São Paulo. Foto: DEYVESMARTINS | WIKIMEDIA COMMONS“Não é possível identificar o risco apenas olhando para o mar. A água aparentemente limpa pode estar imprópria. Os Enterococos são nossos sinais de alerta”, reforça Lamparelli.Passo 3 – Contagem e análise de resultadosDe acordo com os resultados, a praia recebe uma das duas classificações:Própria (bandeira verde): quando os resultados estão dentro do padrão de segurançaImprópria (bandeira vermelha): quando duas ou mais amostras das últimas cinco semanas apresentam mais de 100 colônias de Enterococos por 100 mL de água, ou quando a coleta mais recente ultrapassa 400 colônias por 100 mLO histórico de cinco semanas é usado para garantir que a avaliação represente uma tendência real, e não apenas uma mudança pontual da qualidade da água.Passo 4 – Boletim no arNa quinta-feira, o boletim atualizado é publicado no site e no aplicativo da Cetesb (Android e iOS). As bandeiras físicas são trocadas nas praias, indicando aos banhistas a situação atual.Foto: kordula vahle por PixabayRecomendações para aproveitar o mar com segurançaApós chuvas intensas, evite entrar no mar por pelo menos 24 horas, mesmo em praias classificadas como próprias.Canais, rios e córregos que deságuam na praia devem ser evitados, pois podem receber esgoto clandestino.Outros fatores também podem deixar a praia temporariamente imprópria, como floração de algas, derramamentos de óleo ou descarga acidental de poluentes.The post Como saber se a praia está própria para banho em SP? appeared first on CicloVivo.