Pós-Super Quarta: dólar recua, bolsa oscila e especialista projeta março como mês decisivo

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Nesta quinta-feira (11), o mercado iniciou agitado após as decisões da última Super Quarta (10). O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Na direção oposta, o Federal Reserve votou por cortar a taxa de juros nos Estados Unidos para a faixa dos 3,5% a 3,75%.Na edição do Giro do Mercado de hoje, Juliana Caveiro e Giovana Leal recebem Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, para comentar quais são as expectativas para o Ibovespa (Ibov) a partir de agora.O principal índice da bolsa brasileira amanheceu com oscilações. Enquanto isso, o dólar iniciou em queda.Para Cruz, a baixa do dólar está relacionada com a manutenção da taxa de juros pelo Copom.“Esse diferencial de juros é relevante. Estamos com o maior patamar de juros dos últimos 20 anos, o que é atrativo para investidores estrangeiros. Mesmo com a possibilidade de cortes de juros ao longo do ano [de 2026], esse ainda vai ser um diferencial bem atrativo.”, afirmou.Sobre a aposta para cortes de juros no Brasil, os especialistas se dividem entre os meses de janeiro e março. Segundo o estrategista, a expectativa é que esse anúncio aconteça em março. “Claro que, muita coisa pode acontecer até lá, mas, de qualquer forma, eu entendo que março já está mais do que adequado. Estamos com uma taxa de juros muito elevada”.No Ibovespa (Ibov), os destaques positivos do dia ficaram com Hapvida (HAPV3), Allos (ALOS3), Ultrapar (UGPA3) e Localiza (RENT3). Entre as empresas positivas, as varejistas foram ressaltadas, com a divulgação de dados do varejo em uma alta que surpreendeu os investidores: o mais positivo em 7 meses para o mês de outubro.Entre as maiores baixas estavam Suzano (SUZB3), Embraer (EMBJ3) e Klabin (KLBN11).Do lado corporativo, hoje diversas empresas divulgaram dividendos.Petrobras (PETR4) anunciou que os dividendos do terceiro trimestre vão ser pagos em duas parcelas: a primeira em fevereiro de 2026 e a segunda, em março do mesmo ano.Suzano (SUZB3) anunciou um aumento de capital de R$ 5 bilhões e dividendos de R$ 1,38 bilhão.WEG (WEGE3) anunciou a compra da Sanelec, uma empresa indiana, por US$ 5,2 milhões.Além disso, a Guararapes (GUAR3) divulgou uma mudança de nome: agora a empresa passa a se chamar Riachuelo e o ticker também muda, para RIAA3.No cenário internacional, a expectativa para o Fed no ano que vem é a criação de dois grupos: “um mais alinhado ao governo Trump, que siga decisões mais políticas, e outro mais tradicional, que olha os dados e se preocupa com os valores da inflação”, explicou o especialista da RB Investimentos.Ainda nos Estados Unidos, a Oracle divulgou resultados do segundo trimestre fiscal e gerou reações negativas do mercado, caindo 11% em NY.Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.