Na expectativa pela decisão sobre juros no Brasil, o dólar perdeu força, em dia de forte volatilidade. Dados de atividade econômica e a paralisação da máquina pública norte-americana também movimentaram a sessão. Nesta quarta-feira (5), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,3614, com queda de 0,69%. Pela manhã, a divisa chegou a bater R$ 5,40 com dados nos EUA. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "a5af103"} ); O movimento acompanhou a tendência externa. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com baixa de 0,04%, aos 100,188 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?A expectativa pela decisão de política monetária do Brasil movimentou o mercado de câmbio. Hoje (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A decisão será divulgada após o fechamento dos mercados.“A decisão é amplamente esperada, mas o foco recai sobre o comunicado que acompanhará o anúncio, já que analistas aguardam possíveis sinais de início do ciclo de queda dos juros”, afirmou Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, em nota.“A expectativa é de que o Banco Central ajuste as expressões utilizadas nos últimos comunicados no sentido de abrir espaço para maior flexibilidade da política monetária nas próximas reuniões”, acrescentou.O cenário fiscal também ficou nos holofotes do mercado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou a proposta que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e concede desconto parcial aos que recebem até R$ 7.350 mensais.Ontem (4), relator da medida, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou seu parecer sem alterações de mérito em relação à versão aprovada pela Câmara dos Deputados em outubro.Agora, o texto deve ser apreciado no plenário do Senado. Se for mantido sem alterações, o projeto de lei seguirá direto para sanção presidencial, sem necessidade de nova análise pelos deputados.No exterior, a paralisação (shutdown) da máquina pública dos Estados Unidos completou o 36º dia e se tornou a mais longa da história norte-americana.Pela manhã, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que os republicanos devem acabar com o filibuster — regra que permite à minoria atrasar ou bloquear a votação de um projeto de lei — no Senado dos EUA, para garantir que o partido possa continuar a aprovar sua agenda legislativa.O alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China também aumentou o apetite ao risco — fazendo o dólar perder força.Nesta quarta-feira (5), Pequim confirmou a suspensão das tarifas comerciais sobre produtos agrícolas dos EUA, a partir de 10 de novembro, com exceção da importação da soja — que continuará sujeita a uma taxa de 13%.As taxas retaliatórias de 10% sobre outros produtos norte-americanos seguirão em vigor.*Com informações de Reuters