Nesta terça-feira (4), em entrevista à imprensa internacional, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), explicou sobre a escolha a cidade para realização de um evento como esse. “Quando nós decidimos fazer a COP aqui no estado do Pará, a gente já sabia das condições do estado, já sabia das condições da cidade (…) E a gente decidiu fazer aqui porque a gente não queria comodidades, nós queríamos desafios. E nós queríamos que o mundo viesse conhecer a Amazônia”, explicou, garantindo que essa será a melhor COP de todas. “Tenho certeza que nós vamos fazer a melhor COP de todas as COPs já realizadas até hoje. Nós queremos ver se é possível inaugurar uma nova fase da COP, porque é o seguinte: chega de discussão, agora tem que implementar o que nós adjetivamos”, disse. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Desde o anúncio de Belém, no Pará, para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, muito se fala sobre a falta de estrutura do local para comportar um evento deste porte. As hospedagens mesmo têm sido um problema entre as delegações que vem ao Brasil, além de locais com preços exorbitantes, também há a falta de espaço. A chegada de cerca de 50 mil visitantes causou caos na hospedagem em Belém, com preços muito elevados que geraram preocupação sobre a possível exclusão de países pobres. A cidade precisou dobrar o número de hospedagem, e para conseguir comportar todo mundo, o governo federal contratou navios de cruzeiro, uma operação que faz parte do plano oficial de hospedagem do Brasil para a conferência, com a infraestrutura portuária já entregue no sábado (1).A COP30 será realizada entre 10 e 21 de novembro, na maior floresta tropical do planeta, apesar de todos os desafios logísticos, contudo, ocorrerá antes, na quinta (6) e na sexta-feira (7) uma cúpula de chefes de Estado e de governo. Dentre as prioridades, Lula destacou que há um interesse por uma coisa nova, o programa TFFF (Florestas Tropicais para Sempre, na tradução para o português). “É um fundo em que não será uma doação, é um fundo de investimento. E o Brasil, quando anunciou esse fundo, já depositou 1 bilhão de dólares [R$ 5,35 bilhões]. É um fundo que vai trazer rentabilidade para o investidor, e uma parte dessa rentabilidade vai financiar os países que mantêm sua floresta em pé”, disse o mandatário, acrescentando que a ideia é a criação de um Conselho do Meio Ambiente.“Um órgão ligado [à ONU], com um pouco mais de poder, para, ao decidir uma decisão aqui, esse conselho poder viajar no mundo acompanhando os resultados”, explicou, acrescentando que a ideia é propor o mapa do caminho, porque muito se fala em diminuição dos combustíveis fósseis, mas é preciso se ter uma discussão para saber se, numa linha de tempo, “quando é que a gente pode prever que o mundo está preparado para ser livrado com diminuição”, pois ‘não é uma coisa fácil”, concluiu. Leia também Lula diz que ligará para Trump se negociações sobre tarifas emperrarem Lula classifica operação no Rio de Janeiro como 'desastrosa'