O segundo dia de compromissos do príncipe William no Rio de Janeiro começou nesta terça-feira (4) com uma visita à Ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara. O herdeiro do trono britânico conheceu projetos voltados à preservação dos manguezais e se reuniu com representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).Antes da chegada do príncipe, equipes da Polícia Federal realizaram uma varredura completa na ilha. Cães farejadores e detectores de metais foram usados no trabalho, parte do forte esquema de segurança montado para a visita. William chegou ao local em uma embarcação da Marinha do Brasil, acenando e sorrindo para quem o aguardava no píer. Leia mais COP30: prefeitos lançam carta defendendo protagonismo das cidades no clima Periferias enfrentam crise climática, mas seguem fora do financiamento Temos que sair da era das doações para o investimento no clima, diz Lula “Ele foi muito solícito. Veio até a grade, falou com as crianças, pegava no colo pra sair nas fotos. Uma simpatia do começo ao fim”, contou Carine Silva, advogada que conseguiu registrar o encontro com o príncipe.Durante a passagem por Paquetá, William esbanjou simpatia, tirou fotos, conversou com moradores e recebeu presentes da comunidade.Imagem mostra príncipe William ao lado de Carine Silva, advogada que conseguiu registrar o encontro • Cleber Rodrigues/ CNN Brasil“Fiz um quadro de um porta-helicópteros que era do Reino Unido e hoje é do Brasil. Quis dar pra ele pra mostrar essa ligação entre os dois países”, disse Marcel Gomes de Castro, de 12 anos.O príncipe se encontrou com Mauro Pires, presidente do ICMBio, Ana Paula Prates, chefe do Departamento de Oceanos do Ministério do Meio Ambiente, e Breno Herrera da Silva, gerente da Região Sudeste do ICMBio. No encontro, ele ouviu sobre ações de restauração dos manguezais de Guapimirim e sobre o envolvimento das comunidades locais na proteção da vida marinha e dos ecossistemas da Baía de Guanabara.“O príncipe veio conhecer uma unidade de conservação, e nós entendemos que elas são a melhor estratégia para enfrentar as mudanças do clima”, afirmou Mauro Oliveira Pires, presidente do ICMBio. “Aqui, a gente combina atividade econômica, cultural e o modo de vida das pessoas com a conservação ambiental. Ele pôde ver de perto uma experiência de restauração conduzida por uma comunidade que foi preparada e treinada para isso. Essa convivência entre o meio ambiente e as pessoas mostra que o Brasil tem lições a compartilhar, e, claro, também a aprender com outros países. Chegamos à COP com iniciativas muito exitosas.”Logo após deixar Paquetá, o príncipe seguiu para uma área de manguezal em Guapimirim, também na Baía de Guanabara, administrada pelo ICMBio. No local, conheceu os trabalhos de restauração ambiental que vêm sendo realizados e conversou com representantes das comunidades que ajudam a limpar e proteger as águas e a vida selvagem da região.Durante a visita, William participou de uma atividade de plantio ao lado dos chamados “Guardiões locais”, grupo que atua na recuperação do ecossistema. Ele ouviu relatos sobre os esforços de preservação dos manguezais e sobre os estudos científicos que embasam os projetos de reflorestamento conduzidos pelo instituto.1º dia no Rio de JaneiroNa segunda-feira (3), o príncipe William teve um dia de intensa agenda no Rio. Pela manhã, esteve no Morro da Urca, onde recebeu as chaves da cidade das mãos do prefeito Eduardo Paes e conversou sobre o papel do Rio de Janeiro na promoção da sustentabilidade.Em seguida, visitou o Estádio do Maracanã, onde jogou bola com crianças participantes do programa Geração Earthshot, iniciativa que incentiva jovens a desenvolver ideias para combater a crise climática. Mais tarde, em Copacabana, acompanhou demonstrações de resgates marítimos realizadas pelo Corpo de Bombeiros e conheceu as atividades do Projeto Botinho, voltado à educação ambiental e à segurança de crianças e adolescentes nas praias.Durante todo o dia, William foi recebido com entusiasmo por moradores e turistas, tirou fotos, distribuiu sorrisos e reforçou a mensagem de incentivo a ações coletivas pela proteção do meio ambiente.O herdeiro do trono britânico encerrará a agenda no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (5), com a entrega do Prêmio Earthshot, que será realizada no Museu do Amanhã. Considerado o “Oscar da Sustentabilidade”, o prêmio reconhece iniciativas que enfrentam os maiores desafios ambientais do planeta.Após a cerimônia, William deve seguir para Belém, onde participará da Cúpula de Líderes Mundiais da COP30, representando o pai, o rei Charles III.De desmatamento a aquecimento: como o Brasil impacta o clima global