A decisão da China de suspender tarifas retaliatórias sobre as importações dos Estados Unidos de produtos agrícolas é vista como positiva para a melhora nas relações comerciais entre Trump e Xi Jinping, mas as tarifas de 13% para soja americana ainda representam limitações práticas. De acordo com Luiz Fernando Gutierrez, coordenador de inteligência de mercado da Hedgepoint Global Markets, a soja brasileira, negociada a US$ 440 por tonelada contra US$ 450 dos EUA mantém a vantagem competitiva para o produto do Brasil. “O prêmio americano subiu nos últimos tempos, até pela expectativa do retorno das vendas para a China, e o prêmio brasileiro está começando a ceder. Para nova safra 25/26, entre janeiro e fevereiro, o Brasil apresenta prêmios mais competitivos. A redução de impostos dos EUA ajuda, mas a soja brasileira é ainda mais competitiva no curto prazo e começo de 2026”. VEJA MAIS: O que os balanços do 3T25 revelam sobre o rumo da bolsa brasileira e quais ações podem surpreender nos próximos meses – confira as análises do BTG PactualUm fôlego para o produtor americano? Nos últimos dois meses de 2025, o Brasil não conta com grandes volumes de soja para exportar para China, e esse movimento pode fazer com que Pequim compre dos EUA nesse período, apesar dos preços mais altos. Para o Gutierrez, o movimento é de reequilíbrio do mercado e os ajustes se manifestam principalmente em termos de preço na bolsa de Chicago. “Precisamos acompanhar os preços na CBOT”.