Brasil cita CPMF global para combater crise climática

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Aumentar impostos é uma maneira de se conseguir recursos para financiar ações climáticas. A proposta faz parte do “Roteiro de Baku a Belém” apresentado nesta quarta-feira (5) pela presidência brasileira da COP30 no Pará.O documento de 81 páginas menciona, inclusive, a possibilidade de criação de uma espécie de CPMF internacional para custear a conta trilionária para combater a crise do clima. “Todos os países devem trabalhar em conjunto para explorar fontes inovadoras de financiamento”, cita.Entre essas iniciativas citadas para aumentar a arrecadação, a presidência brasileira cita um tributo internacional sobre transações financeiras. Leia mais Fundação anuncia aliança para recuperação e preservação da Mata Atlântica Chef paraense se nega a fazer prato para príncipe William e explica motivo Amazônia tem ar mais poluído que metrópoles durante queimadas, diz estudo O texto lembra que, atualmente, investidores institucionais administram mais de US$ 180 trilhões. “Mesmo uma realocação de 0,5% poderia render US$ 900 bilhões”, cita o documento.A ideia faz parte da extensa lista de iniciativas sugeridas pelo Brasil para que o planeta atinja a meta de conseguir US$ 1,3 trilhão por ano para medidas climáticas.Essa é a estimativa dos recursos necessários para que sejam reduzidas as emissões e, assim, limitado o aumento da temperatura global. Portanto, essa proposta de uma CPMF global poderia gerar 70% do total necessário.Ainda no tema tributário, outras propostas passam por um imposto sobre indivíduos de altíssimo patrimônio – os super ricos – e tributos a setores e atividades poluentes, além dos grandes emissores de gases de efeito estufa.O relatório do Brasil cita, contudo, que essas iniciativas tributárias devem levar em conta “cuidadosamente os potenciais impactos negativos sobre as prioridades de desenvolvimento e os mecanismos de comércio e redistribuição”.COP: relembre maiores acordos (e fracassos) das edições anteriores