A CPI do INSS aprovou nesta quinta-feira (13) a convocação e quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático do deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB), alvo de operação da Polícia Federal neste mesmo dia. O colegiado também aprovou o pedido de prisão de mais duas pessoas. Araújo presidiu entidade de pescadores responsável por descontos associativos e já foi acusado pelo vice-presidente da comissão, deputado Duarte Júnior (PSB-MA), de ser beneficiário do esquema.O presidente da CPI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG) anunciou que, a partir da próxima semana, a comissão começa a investigar aspectos políticos, e deixará de votar requerimentos consensuais. Agora, pedidos mais controversos irão a voto.Leia tambémIndicados de Lula e Bolsonaro, deputados, sindicalistas: os alvos da PF no caso INSSEx-presidente do INSS na gestão Lula foi preso, e ex-ministro da Previdência de Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica; deputados do PSB e Republicanos também são alvosINSS: presidente da CPI diz que haverá novas prisões e que há interessados em delaçãoViana afirmou que agora as investigações da PF devem se voltar ao que ele chamou de “primeiro núcleo”, que seria formado por políticos que ajudaram, incentivaram ou indicaram os servidores envolvidos no esquemaEm sessão da CPI do INSS, Duarte acusou Araújo de receber “quase R$ 5 milhões” por meio da Federação das Colônias de Pescadores do Maranhão e pediu a expulsão dele do partido. Após essa declaração, o deputado estadual fez ameaças a Duarte por mensagens. “Palhaçada. Quer aparecer. Lugar de palhaço é no circo”, disse Araújo.Duarte respondeu pedindo respeito e Araújo começou a fazer ameaças, como mostram as mensagens. “Nunca recebi nada de aposentado. Nós ainda vamos nos encontrar”, disse Araújo. “Você está me ameaçando?”, perguntou Duarte. “Tô, por quê? Você é um m. irresponsável”, respondeu Araújo.“Deputado, suas agressões e ameaças só demonstram o quão errado você está”, treplicou Duarte. Edson prosseguiu com ameaças: “Você vai ter que provar tudo que falou ou vai se arrepender”, disse. “O que você vai fazer?” perguntou Duarte. “Você vai saber”, concluiu Araújo. A CPI autorizou a escolta para o deputado e familiares após as ameaças.A CPI autorizou pedidos de prisão do empresário Igor Delecrode, apontado como “o coração tecnólogico da safadeza”, operacionalizando um sistema de coleta de dados e verificação de autenticidade, e Americo Monte, ex-Presidente da ABCB/Amar Brasil, entidades que participavam do esquema.No total, foram 79 requerimentos aprovados. Outro pedido é ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que entre como amicus curiae no Supremo Tribunal Federal (STF) em ação pela paralisação de processos que pedem a culpabilização da União por descontos indevidos em benefícios.“O referido acordo, embora celebrado com o propósito de racionalizar demandas, acabou por alterar substancialmente o alcance de decisões judiciais e impor prazos restritivos para o exercício de direitos, fixando o dia 14 de novembro de 2025 como data-limite para requerimentos administrativos de ressarcimento”, justifica a autora do requerimento, deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que considera a data um prazo curto. “Tal limitação pode causar prejuízos significativos a milhares de beneficiários do INSS, muitos dos quais sequer foram adequadamente informados sobre as novas regras.”Nesta segunda-feira, 10, porém, o líder do governo na CPI do INSS, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), já tinha anunciado a prorrogação do prazo para contestar descontos indevidos para 14 de fevereiro de 2026.The post CPI do INSS aprova pedido de prisão e quebras de sigilo de deputado alvo da PF appeared first on InfoMoney.