Banco do Brasil (BBAS3), construtoras e setor de saúde chamam atenção na reta final da temporada de balanços; veja análise

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Na reta final da temporada de divulgação dos resultados corporativos no terceiro trimestre de 2025 (3T25), o Banco do Brasil (BBAS3) voltou a ser um destaque negativo, ainda pressionado pela inadimplência no agronegócio.No Giro do Mercado desta quinta-feira (13), apresentado pela jornalista Paula Comassetto, Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, comentou os resultados que movimentam o pregão de hoje e a composição preocupante do balanço do BB.LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessar “A inadimplência piorou mais do que esperado no setor agro, que responde, grosso modo, por um terço da carteira de crédito do BB”, disse. A analista ainda destacou que o lucro só ficou dentro da projeção média de mercado porque foi beneficiado por créditos fiscais.Além disso, ela chamou atenção para uma provisão adicional de R$ 1,3 bilhão na carteira de grandes empresas, relacionada a casos de recuperação judicial.Apesar do cenário desafiador, a analista vê o banco capitalizado e sem necessidade de aumento de capital. “Parece que estamos nos estágios finais desse ciclo de deterioração de crédito e o banco mantém o payout de 30% do lucro gerado”, avaliou.Para os próximos trimestres, Larissa acredita que a melhora da inadimplência pode demorar mais do que o esperado, vindo apenas no segundo trimestre de 2026. Mesmo assim, ela vê as ações com neutralidade.“Daqui para frente, os movimentos tendem a ser um pouco mais marginais. Por isso a gente (Empiricus) mantém a recomendação neutra, ficar de fora, nem comprar nem vender”, afirmou Quaresma.Construção e Saúde entre os destaquesNo setor de Construção Civil, Quaresma avaliou que Direcional (DIRR3) entregou um resultado neutro, já que o desempenho veio marginalmente abaixo da expectativa consensual.Ela destacou Moura Dubeux (MDNE3) como o destaque positivo, com expansão de rentabilidade e retorno sobre o patrimônio líquido entre os melhores do setor.Já no setor de Saúde, a analista classificou o tombo de Hapvida (HAPV3) como reflexo de uma decepção no resultado, agravada por rebaixamentos de bancos estrangeiros.Ela ressaltou que a Empiricus mantém preferência por Rede D’or (RDOR3), que “apresentou um resultado espetacular, quase 20% acima da projeção consensual dos analistas”.O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques corporativos. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.VEJA MAIS: O que os balanços do 3T25 revelam sobre o rumo da bolsa brasileira e quais ações podem surpreender nos próximos meses – confira as análises do BTG Pactual