O que Tarcísio espera para candidatar-se a presidente contra Lula

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Condições que, se satisfeitas, levarão Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, a candidatar-se a presidente da República no próximo ano:1. O apoio inequívoco, que não deixe margem para dúvidas, de Bolsonaro;2. O apoio, igualmente inequívoco, dos quatro filhos de Bolsonaro (Flávio, senador; Carlos, vereador no Rio; Eduardo, o embaixador do tarifaço junto a Donald Trump; e Jair Renan, vereador em Camboriú) e da ex-primeira-dama Michelle;3. O apoio dos atuais aspirantes a candidato da direita: Ronaldo Caiado (União-Brasil), governador do Goiás; Romeu Zema (NOVO), governador de Minas Gerais; Ratinho Júnior (PSD, governador do Paraná, e Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul;4. Um baque na economia ou qualquer outra coisa de grande porte que reduza de modo expressivo as chances reais de Lula se reeleger. Um escândalo de corrupção, por exemplo. Quem sabe, uma rebelião de presos com um número elevado de mortes.O apoio de Bolsonaro e de sua família terá de ser anunciado até janeiro ou fevereiro para que Tarcísio tenha tempo de articular sua própria sucessão. Como candidato a presidente, ele será obrigado a renunciar ao cargo de governador até os primeiros dias de abril.Por enquanto, orientado por seus conselheiros políticos, Tarcísio seguirá negando que ambiciona suceder a Lula, mas sorrindo sempre que em público ouvir menções a respeito.Nem por isso se livrará do que mais teme: de uma vez candidato, em meio à campanha, Bolsonaro ou um dos seus filhos faça qualquer declaração que ponha em dúvida o apoio da família a ele.Eduardo e Carlos não confiam inteiramente em Tarcísio e argumentam, com razão, que ele não tem votos para se eleger presidente – quem os tem é a família Bolsonaro.Então, e mesmo que fosse para perder, o menos ruim seria que um deles, talvez Flávio, se candidatasse a presidente. Todas as Colunas do Blog do Noblat  no Metrópoles