A XP Investimentos atualizou suas estimativas para a Vale (VALE3) e reiterou a recomendação neutra, apresentando um preço-alvo de R$ 71 por ação para 2026, equivalente a um potencial de valorização de cerca de 8% frente aos níveis atuais.Os analistas do banco afirmam que a tese da Vale passou por desenvolvimentos positivos ao longo do ano, com os ADRs acumulando alta de 50%. Segundo a XP, operacionalmente, a companhia demonstrou flexibilidade para se adaptar ao cenário mais fraco na China, o que ajudou a sustentar resultados.Além disso, diz, a estratégia de alocação de capital é descrita como “clara e limpa”, equilibrando investimentos em crescimento — especialmente em cobre — e remuneração aos acionistas.A XP ressalta ainda que o perfil atual de geração de caixa e o balanço da mineradora indicam espaço para dividendos extraordinários.Espaço fechou para VALE3A XP destaca, porém, que o gap de valuation entre a ação e os preços do minério de ferro se fechou.De acordo com os analistas, a Vale hoje negocia incorporando um minério próximo de US$ 102 por tonelada, muito alinhado ao preço spot de cerca de US$ 100. Isso representa uma reversão do desconto observado no início do ano.Como a XP projeta que o minério de ferro deve convergir para US$ 95 a US$ 100 por tonelada em 2026, o recente rali das ações limita o potencial adicional de alta.A Vale registrou lucro líquido de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior e acima das estimativas do mercado, de US$ 2,1 bilhões, segundo a LSEG.O destaque ficou por conta do bom controle de custos e da eficiência operacional, especialmente nas divisões de minério de ferro e metais básicos.