China e Japão convocam embaixadores para consultas em crise diplomática

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A China e o Japão convocaram seus embaixadores após um comentário da líder japonesa, Sanae Takaichi, sobre a ilha de Taiwan causar uma crise diplomática entre os países.Takaichi afirmou que um ataque chinês a Taiwan poderia representar uma “situação de ameaça à sobrevivência” e desencadear uma resposta militar de Tóquio.Em resposta, o Ministério da Defesa da China afirmou que o Japão sofrerá uma “derrota esmagadora” nas mãos de militares chineses se tentar usar a força para intervir em Taiwan.No último sábado, o cônsul geral da China em Osaka, Xue Jian, compartilhou uma reportagem sobre as falas de Takaichi sobre Taiwan no X e comentou que “o pescoço sujo que se intromete deve ser cortado” em uma postagem agora excluída.O Ministério das Relações Exteriores do Japão retaliou convocando o embaixador chinês pelo que classificou como declarações “extremamente inadequadas” feitas por Xue.Algumas figuras políticas japonesas de alto escalão pediram a expulsão de Xue, mas Tóquio até agora só pediu a Pequim que “tomasse as medidas apropriadas”, sem entrar em detalhes. Leia mais Ataque com drones e mísseis russos mata 8 pessoas na Ucrânia; ONU critica Veja a linha do tempo do relacionamento entre Trump e Jeffrey Epstein Peru inaugura estátua em homenagem ao papa Leão XIV em nova rota turística  O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Jiang Bin, disse que as declarações de Takaichi foram extremamente irresponsáveis e perigosas.“Se o lado japonês não aprender com a história e ousar correr riscos, ou até mesmo usar a força para interferir na questão de Taiwan, ele só sofrerá uma derrota esmagadora contra o Exército de Libertação Popular, cuja determinação é de aço, e pagará um preço alto”, disse Jiang em um comunicado.Na quinta-feira (13), o Ministério das Relações Exteriores da China convocou o embaixador do Japão no país para apresentar um “forte protesto” sobre as falas de Takaichi.Foi a primeira vez em mais de dois anos que Pequim convocou um embaixador japonês.A última vez que isso aconteceu foi em agosto de 2023, após o Japão liberar águas residuais da usina nuclear de Fukushima Daiichi no mar.A chancelaria chinesa também expressou nesta sexta-feira “sérias preocupações” sobre os recentes movimentos militares e de segurança do Japão, incluindo sua ambiguidade sobre seus princípios não nucleares.A decisão do Japão de não descartar a aquisição de submarinos nucleares indica uma grande mudança “negativa” de política, disse o porta-voz do ministério, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa.