As ações da Natura (NATU3) são o destaque negativo do Ibovespa (IBOV) no pregão desta terça-feira (11), após reportar prejuízo líquido recorrente de R$ 119 milhões referente ao terceiro trimestre desse ano (3T25). Analistas, em consenso, avaliam os números do balanço como fracos — e até mesmo a companhia se decepcionou.Com destaque para queda de receita e de margem na comparação anual, as ações chegaram a cair mais de 18% na mínima do pregão. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "NATU3", "NATU3" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "c790114"} ); Na avaliação do BTG Pactual, a Avon foi o destaque negativo tanto no Brasil quanto na América Latina, uma vez que os resultados foram prejudicados pela desaceleração do consumo no Brasil e pela piora da alavancagem operacional. Também no lado negativo, o banco destaca o aumento da alavancagem durante o período.Na visão da equipe de analistas liderada por Luiz Guanais, existem três desafios estruturais para a Natura:Alavancagem elevada em um ambiente de altas taxas de juros;A recuperação da Avon na América Latina;Alienação da Avon International e a contenção de seu consumo de caixa – abordada com a transação anunciada em setembro.“Embora a administração tenha feito esforços positivos para simplificar a estrutura corporativa, os resultados foram mais fracos do que o esperado (o que deve gerar uma reação negativa)”.Para os analistas, a persistente fraqueza nas receitas e os desafios nos canais de distribuição provavelmente ofuscarão “seu atraente potencial de geração de caixa”. Na visão do BTG, é improvável que os investidores paguem antecipadamente pela opcionalidade futura do fluxo de caixa livre.SAIBA MAIS: Acesse gratuitamente as carteiras de ações, FIIs e BDRs sugeridas por analistas do mercado com essa curadoria do Money TimesO BB Investimentos pondera que, com o cenário macroeconômico mais restritivo e em desaceleração, a venda de produtos não essenciais como os comercializados pela Natura tende a sofrer mais.“Soma-se a isso as implementações da Onda 2 na Argentina e no México que ainda não se estabilizaram e impactaram negativamente os números consolidados da empresa, além de outras questões operacionais, como a migração da fábrica na Avon e a transição da revista física para a digital na Argentina”, diz a casa.Ainda que o BB reconheça o avanço do processo de simplificação da Natura e veja certa esperança no relançamento da marca Avon programado para o primeiro semestre de 2026, a avaliação é de que o momento desafiador continua.“O cenário macro deve continuar restritivo até o início do ano que vem – quando se espera o início do ciclo de baixa da Selic – e a companhia está em um momento de investimentos e mudanças importantes que ainda não beneficiaram o balanço da Natura Cosméticos”, dizem os analistas.O que esperar?O Bradesco BBI já esperava uma reação negativa das ações no pregão desta terça-feira (11), uma vez que o mercado esperava um trimestre pressionado, mas não nessa magnitude, o que pode levar o consenso a revisar para baixo as estimativas de vendas/Ebitda, na visão da casa.Os números do trimestre adicionam incerteza em relação ao ritmo de normalização, bem como às projeções de vendas/Ebitda para o futuro, tanto no Brasil quanto nos mercados hispânicos, vê a casa.“O 4º trimestre não parece ser um ponto de virada do ponto de vista do crescimento (a base comparável é mais forte em relação ao trimestre anterior). Do ponto de vista da lucratividade, a empresa reiterou a projeção de expansão anual da margem Ebitda em 2025, mas isso não deve ser uma tarefa difícil, já que a dos primeiros nove meses está apenas 0,30 ponto percentual abaixo do ano anterior, a 13,4%, enquanto a base comparável do 4º trimestre é mais fraca, a 9,6%”, diz o BBIO Santander pondera que a perspectiva para a Natura permanece cautelosa, apesar de algumas melhorias sequenciais esperadas.Os analistas destacam que a administração reiterou sua visão de que a expansão da margem Ebitda em relação ao ano anterior para todo o ano de 2025 é alcançável e espera que as eficiências em despesas gerais e administrativas surjam a partir do 4º trimestre de 2025.O Itaú BBA reforça que os resultados vieram aquém das já baixas expectativas e os analistas veem revisões para baixo a caminho.“Os resultados do 3º trimestre de 2025 evidenciaram um ambiente operacional mais desafiador do que o esperado, e o cenário macroeconômico adverso contínuo limita o potencial de valorização no curto prazo.A fraca geração de caixa permanece uma preocupação fundamental, aumentando a importância do 4º trimestre, que deverá se beneficiar da sazonalidade e do progresso da integração da Fase 2.Olhando para o futuro, para os analistas o sentimento deverá melhorar apenas com evidências claras de melhoria no fluxo de caixa livre – um fator crucial para esta tese.“No curto prazo, esperamos que os desafios operacionais continuem a impactar negativamente os resultados e o sentimento dos investidores, limitando o desempenho das ações”, diz o BBA.O que fazer com as ações da Natura?table.tableizer-table {font-size: 12px;border: 1px solid #CCC;font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;}.tableizer-table td {padding: 4px;margin: 3px;border: 1px solid #CCC;}.tableizer-table th {background-color: #00C940;color: #FFF;font-weight: bold;}Banco/CorretoraRecomendaçãoPreço-alvoBTG PactualNeutraR$ 18BB InvestimentosNeutraR$ 17,30SantanderNeutraR$ 11Bradesco BBICompraR$ 17Itaú BBAOutperform (equivalente à compra)R$ 13