Fátima Lo, mãe do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, usou as redes sociais, na tarde deste sábado (15), para repudiar a decisão do Tribunal do Júri em razão da absolvição do ex-tenente da PM Henrique Otavio Oliveira Velozo, acusado pelo homicídio do lutador.Após três dias de deliberação, o Conselho de Sentença acatou as argumentações da defesa de que Velozo teria agido em legítima defesa contra Leandro. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Henrique Otavio já foi liberado do presídio em que estava conforme o cumprimento da decisão judicial estabelecida no julgamento.Fátima, então, afirmou que a absolvição é injusta e que se sentiu “humilhada” pelos advogados do ex-militar.Ontem eu enterrei o Leandro pela segunda vez. Esse é o meu sentimento. O sentimento da gente, porque foi uma tristeza tão grande. A gente foi tão humilhado lá, tão massacrado pela defesa lá, aquele advogado e a bancada dele. Eles o tempo todo provocavam a gente, humilhavam, né? E a gente não podia falar nada. Não podia se manifestar, né? Eu passei mal. Fátima Lo, mãe do lutador Leandro Lo Leia Mais Caso Leandro Lo: PM acusado de matar lutador é solto em SP Por que júri absolveu policial acusado de matar lutador Leandro Lo? Entenda Caso Leandro Lo: PM acusado de homicídio vai a júri nesta quarta (12) Fátima Lo também acusa a defesa do ex-tenente da PM de mentir diante do tribunal e afirma que eles “inventaram história” para garantir a impunidade de Henrique: “A gente tava lá pela justiça, né? Em nome da justiça. E aí que, o réu, ele pode mentir e a justiça deixa o réu mentir. Então ele mentiu muito, ele inventou a história dele lá, orientado pela defesa dele. Então, inventaram uma história, inventaram uns slides, slides falsos”.A mãe do lutador finalizou o desabafo afirmando que irá recorrer da decisão do júri: “Eu quero agradecer muito, eu quero agradecer muito os nossos advogados que tá com a gente desde sempre, desde o começo e vão continuar, porque vamos recorrer”.Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Fatima Lô (@fatimaloo)O que diz a defesa do ex-tenenteEm nota, o escritório Dalledone & Advogados Associados, responsável pela defesa de Henrique Otavio, afirmou que provou que o policial apenas se defendeu do lutador e que houve contradições nos relatos das testemunhas, o que teria contribuído para a decisão do júri.“Nada encaixava com a dinâmica real dos fatos. E foi justamente isso que a defesa conseguiu expor ao longo do julgamento. Testemunha após testemunha, mostramos que o próprio conjunto probatório desmontava a versão inicial. A absolvição de hoje é o reconhecimento de que a verdade prevaleceu”, disse o advogado Renan CantoRelembre o casoO caso ocorreu em agosto de 2022, quando Leandro Lo, octacampeão mundial da modalidade, foi baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo. Desde então, o tenente Velozo permaneceu preso preventivamente no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte da cidade, sendo transferido para a prisão comum somente em outubro de 2025.Segundo as investigações policiais, Leandro Lo se envolveu em uma discussão no clube. Em um primeiro momento, o lutador teria derrubado o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, que o teria provocado.Velozo, então, teria se retirado do local e retornado armado, efetuando um disparo fatal na cabeça do atleta. Após o disparo, o policial ainda teria chutado Lo duas vezes, mesmo com o lutador já desacordado no chão, antes de deixar o local.O caso ocorreu em agosto de 2022, quando Leandro Lo, octacampeão mundial da modalidade, foi baleado na cabeça durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo. Desde então, o tenente Velozo permaneceu preso preventivamente no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte da cidade, sendo transferido para a prisão comum somente em outubro de 2025.Segundo as investigações policiais, Leandro Lo se envolveu em uma discussão no clube. Em um primeiro momento, o lutador teria derrubado o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, que o teria provocado.Velozo, então, teria se retirado do local e retornado armado, efetuando um disparo fatal na cabeça do atleta. Após o disparo, o policial ainda teria chutado Lo duas vezes, mesmo com o lutador já desacordado no chão, antes de deixar o local.Justiça determina que PM acusado de matar Leandro Lo seja reincorporado | CNN NOVO DIA *Sob supervisão de Thiago Félix