O vereador Marcos Henrique Matos de Aquino (Republicanos), o mais votado de São João de Meriti na última eleição, foi solto após pagar fiança na tarde dessa sexta-feira (14/11).Ele havia sido preso em flagrante por porte ilegal de arma durante uma operação da Polícia Civil contra a expansão do Comando Vermelho na Baixada Fluminense. Leia também Mirelle Pinheiro Vereador é preso com arma em nova fase da Operação Contenção no Rio Mirelle Pinheiro Quem é o vereador preso armado em operação contra avanço do CV no Rio A prisão ocorreu durante a nova fase da Operação Contenção, que mobilizou investigadores da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Capital (DRE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Bope nas localidades da Bacia do Éden, Castelinho e regiões próximas.O foco da ação era desarticular o núcleo da facção responsável por empurrar barricadas e avançar sobre territórios estratégicos na região. Ao todo, oito suspeitos foram presos.3 imagensFechar modal.1 de 3PCERJ2 de 3PCERJ3 de 3Vereador Marcos Henrique Matos de Aquino foi preso em operaçãoReprodução/Redes sociaisFlagrado com pistolaEmbora não fosse alvo da operação, Marcos Aquino chegou dirigindo ao local das diligências, onde os policiais buscavam seu irmão, Luiz Aquino, investigado por possível participação no braço local do Comando Vermelho e que não foi encontrado.Dentro do carro do vereador, os agentes localizaram uma pistola calibre .380 municiada, sem registro no sistema nacional.Também havia caixas de medicamentos controlados, incluindo antidepressivo, antipsicótico, antiepilético, anti-inflamatório e analgésicos de uso restrito. Todo o material foi apreendido.Defesa acusa “perseguição política”Após ser solto, Marcos Aquino, 35 anos, casado e pai de uma menina, divulgou nota por meio da defesa. A equipe afirmou que o parlamentar “não era alvo da operação, não cometeu crime e apenas compareceu à casa onde passou a infância após ser avisado por vizinhos de que a polícia estava no local”.A defesa sustenta que a arma teria sido “esquecida no veículo por um amigo policial militar” e que as tentativas de associá-lo ao crime organizado “configuram perseguição política”. A polícia, no entanto, disse que a arma não pertence ao suposto PM.OperaçãoA ação de sexta-feira tinha como alvos suspeitos ligados ao núcleo do Comando Vermelho que atua no município, entre eles Luiz Aquino.De acordo com as investigações, o grupo vinha expandindo o domínio territorial na região, impondo barricadas e atacando áreas consideradas estratégicas para a facção.