O Tribunal Superior de Londres decidiu nesta sexta-feira (14) que a mineradora BHP é “parcialmente culpada” pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em 2015.O processo, que os advogados dos demandantes estimavam anteriormente em até 36 bilhões de libras (US$ 48,32 bilhões), foi movido pela BHP.Milhares de brasileiros, dezenas de governos locais e cerca de duas mil empresas processaram a BHP pelo rompimento da barragem, que era de propriedade e operada pela parceria entre a BHP e a Vale (VALE3.SASamarco). Acordo de R$ 125mi sobre Mariana é firmado entre Arquidiocese e mineradoras "Rejeito": filme aborda violência que a mineração leva a cidades mineiras Especialistas defendem medidas para mineração mais sustentável A juíza Finola O’Farrell afirmou, em um resumo de sua sentença, que a mineradora não deveria ter continuado a aumentar a altura da barragem antes do rompimento, o que foi “uma causa direta e imediata do rompimento da barragem, gerando responsabilidade objetiva por parte da BHP”.A empresa afirmou que irá recorrer da decisão e continuará contestando o processo.O pior desastre ambiental do Brasil provocou um vazamento de lama tóxica que matou 19 pessoas, deixou milhares desabrigadas, inundou florestas e poluiu toda a extensão do Rio Doce.O presidente da BHP Minerals Americas, Brandon Craig, declarou em comunicado que 240 mil requerentes no processo de Londres “já receberam indenização no Brasil”.“Acreditamos que isso reduzirá significativamente o tamanho e o valor das reivindicações na ação coletiva do Reino Unido”, acrescentou.