Recentemente, o país foi surpreendido por relatos envolvendo Alessandro Stefanutto, ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), acusado de receber propinas mensais que somavam R$ 250 mil, segundo investigações da Polícia Federal na operação “Sem Desconto“. Quase toda essa quantia foi paga entre junho de 2023 e setembro de 2024, conforme documentos policiais. Stefanutto, também conhecido como “O Italiano”, foi detido durante a operação realizada nesta quinta-feira (13/11).Como Alessandro Stefanutto agiu no esquema do INSS?A atuação de Stefanutto foi além do consentimento e envolveu participação ativa nas irregularidades identificadas. Ele chegou a aprovar a continuidade de convênios entre o INSS e a Confederação Nacional de Agricultores Familiares Empreendedores Rurais (Conafer), mesmo após alertas técnicos apresentarem inconsistências.Sua ação permitiu que o esquema seguisse sem interrupções, ao legitimar operações ilegais e usar sua posição para facilitar o desvio de recursos. O aumento do valor das propinas coincide com o período em que ele assumiu o principal cargo da autarquia.Como as propinas eram disfarçadas e quem participou do esquema?Para dificultar a detecção dos valores ilícitos, as propinas eram recebidas por meio de empresas de fachada, formalmente ligadas ao operador financeiro do grupo, Cícero Marcelino de Souza Santos. Esses pagamentos eram apresentados como honorários de consultoria ou assessoria técnica e passavam despercebidos.O funcionamento do esquema se baseava no uso dessas empresas para transitar os fundos, demonstrando sofisticação e planejamento. Os principais elementos desse mecanismo incluem:Empresas de fachada vinculadas ao operador financeiro;Pagamentos simulados por serviços técnicos inexistentes;Participação direta do ex-presidente na legitimação dos contratos.Quais as consequências para a imagem e funcionamento do INSS?As descobertas oriundas da operação “Sem Desconto” impactam a credibilidade do INSS, instituição responsável pelo pagamento de benefícios sociais a milhões de brasileiros. O escândalo expôs falhas nos controles internos, facilitando a exploração desses mecanismos para interesses pessoais.A manutenção dos convênios sem a devida fiscalização oficial reforça a necessidade de fortalecer as regras e sistemas de auditoria do órgão, buscando garantir a lisura e a justiça social do atendimento à população.Quais medidas estão sendo tomadas após a operação policial?Com a prisão de Stefanutto e outros envolvidos, as autoridades buscam reverter os danos e restaurar a confiança pública no INSS. Os órgãos de investigação tratam o caso como uma prioridade para erradicar práticas ilícitas dentro do serviço público federal.Para responder à crise, uma série de ações foi anunciada, incluindo auditorias, revisões estruturais e busca por recuperar recursos desviados:Auditorias rigorosas nos convênios e contratos ativos;Fortalecimento dos sistemas internos de monitoramento;Identificação e responsabilização dos cúmplices;Revisão dos procedimentos de aprovação de convênios.FAQ sobre operação contra fraudes no INSSComo a operação pode impactar convênios futuros do INSS? A operação pode levar a uma revisão dos processos de convênio do INSS, aumentando a fiscalização e a transparência.Qual é a importância da Conafer no contexto desse esquema? A Conafer está no centro da investigação por ter sido beneficiada em convênios aprovados sem a checagem técnica adequada.Quais outras organizações podem estar envolvidas? Por enquanto, a investigação aponta para operadores internos do esquema e empresas de fachada, mas o inquérito pode relacionar outras entidades.O que está sendo feito para proteger beneficiários do INSS? Ações como auditorias e revisão de processos buscam proteger os direitos dos beneficiários e evitar manipulações futuras.O post O valor surpreendente que ex-presidente do INSS recebia em propina por mês, segundo a PF apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.