O gari Francisco Ferreira da Silva (foto em destaque), de 47 anos, foi brutalmente agredido enquanto trabalhava na tarde de quinta-feira (13), na Travessa Havaí, no bairro Glória, região da Baixada da Sobral, em Rio Branco (AC).Ele foi atingido no rosto por um tijolo arremessado por um morador após se recusar a recolher uma garrafa de vidro deixada fora da lixeira, um procedimento que segue normas de segurança da coleta. Leia também Mirelle Pinheiro Frentistas: posto exigia calça “levanta-bumbum” e dancinhas no TikTok Mirelle Pinheiro Menino brasileiro tem dedos arrancados em escola de Portugal, diz mãe Mirelle Pinheiro Autista de 12 anos denuncia estupro dentro de escola; IML confirma Mirelle Pinheiro Cães policiais: conheça a tropa K9, os heróis de quatro patas da PCDF A agressão revoltou colegas de trabalho e levou à paralisação parcial das atividades na sexta-feira (14). A categoria se reuniu para cobrar justiça e exigir mais segurança para os garis que atuam diariamente nas ruas da capital.Discussão terminou em violênciaTestemunhas relataram que o morador exigiu que Francisco recolhesse um vidro deixado na calçada.O gari explicou que só poderia coletar resíduos corretamente acondicionados na lixeira. Minutos depois, ao subir no caminhão para seguir o percurso, foi surpreendido por uma tijolada no rosto. Ele ainda teria ouvido insultos antes de cair ferido.Francisco foi socorrido por colegas e levado ao Pronto-Socorro de Rio Branco por um técnico de segurança da empresa. Ele permanece internado.Em um vídeo feito no hospital, o trabalhador aparece com o rosto coberto por curativos, visivelmente inchado, a camisa ensanguentada. “Quebrou um osso meu”, desabafou, ainda atordoado pela violência.Estado de saúde e cirurgiaSegundo a empresa Limpebras, responsável pela coleta, o gari está estável, mas aguarda a redução do inchaço para passar por cirurgia no maxilar.Como está hospitalizado, não pôde registrar boletim de ocorrência. Por isso, a empresa registrou uma notícia-crime em nome dele.O morador que lançou o tijolo teria procurado a família para pedir desculpas, mas não prestou assistência e não se apresentou às autoridades.Prefeitura repudia agressãoA Prefeitura de Rio Branco divulgou uma nota classificando o ataque como “conduta criminosa, intolerável e absolutamente repudiada”. A administração municipal ressaltou que Francisco seguia as orientações corretas para o descarte irregular e reafirmou que não tolera violência contra servidores ou trabalhadores terceirizados.“Profissionais que cuidam da cidade merecem exercer suas funções com dignidade, respeito e segurança”, diz o texto.