O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou um requerimento para convocar Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), para depor à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado, que investiga a atuação de organizações criminosas e milícias no país.Segundo o requerimento, Tuta foi apontado pelo Ministério Público como o sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, líder do PCC e preso desde 1999.No pedido, do Val citou declaração do promotor Lincoln Gakiya, que atua em ações que investiga a facção e que diz que Tuta tinha um cargo de agente diplomático no consulado de Moçambique em Belo Horizonte (MG). Leia Mais Tuta, "chefão" do PCC, é transferido para prisão de segurança máxima em SP Lula mira "líderes" do crime e aposta em aliados em CPI contra oposição Pauta da segurança pública não é exclusiva da direita, diz Contarato De acordo com o senador, a “ligação” de Tuta com o consulado facilitaria o seu trânsito no continente país. O requerimento acrescenta ainda que o criminoso, de acordo com o Ministério Público, também teria “conexões” no Paraguai, na Bolívia e na África.Outros requerimentosMarcos do Val também apresentou requerimento para que Gakiya prestasse depoimento. O promotor é um dos principais nomes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) e, pela sua atuação contra o crime organizado, é jurado de morte pelo PCC há 20 anos.Além de Tuta, do Val também apresentou pedido para que outros criminosos fossem convocados. Um deles é Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como “Fuminho”, também indicado como um dos líderes da cúpula do PCC. O requerimento diz que Fuminho é o principal aliado de Marcola no tráfico internacional de drogas da facção.Outro integrante do grupo que teve o nome apresentado pelo senador foi Júlio César Guedes de Moraes, o “Julinho Carambola”. O congressista afirma que ele é tido como o “braço direito” de Marcola e dono do posto de segundo criminosos mais importante na hierarquia do PCC.Roberto Augusto Leme da Silva, “Beto Louco”, também teve requerimento apresentado para sua convocação. Ele foi um dos alvos da operação realizada neste ano que investigou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis.Análise: Os rumos da CPI do Crime Organizado | WW