Bruno Correa da Hora Fernandes, que era terceiro-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), foi expulso da corporação, conforme publicado no Diário Oficial do Distrito Federal nesta quarta-feira (12/11). O militar havia sido condenado pelo Tribunal do Júri de Ceilândia em 24 de outubro pela morte do feirante Cledson de Caldas Souza (imagem em destaque). Bruno atirou na cabeça e no braço de Cledson após uma confusão de trânsito em 31 de dezembro de 2023, véspera do Ano-Novo.Imagens:3 imagensFechar modal.1 de 3Cledson deixa uma filha de 12 anos Reprodução/redes sociais2 de 3 Cledson morreu uma semana após completar 44 anos Reprodução/redes sociais3 de 3Cledson morreu na véspera de Ano-NovoReprodução/redes sociaisO ex-policial foi julgado por homicídio qualificado, uso de arma de fogo de uso restrito, embriaguez ao volante e porte ilegal de arma de fogo por integrante da PM. O juiz sentenciou Bruno a 22 anos e oito meses de prisão em regime fechado, sem possibilidade de recorrer em liberdade.Familiares e amigos de Keke, como Cledson era conhecido, aguardaram 664 dias por Justiça. “Estou muito grata a Deus e muito feliz com tudo”, disse a irmã da vítima, Tereza Cristina. Leia também Distrito Federal “Era a alegria em pessoa”, diz amiga sobre feirante morto por PM no DF Distrito Federal PM que matou feirante na véspera do Ano-Novo é condenado a 22 anos Na Mira Suspeitos de matar caseiro com tiro de espingarda no rosto são presos Relembre o caso:Bruno estava acompanhado da esposa e de um casal de amigos quando decidiu lanchar em um estabelecimento na CNM 1.No local, estava Cledson, que, segundo testemunhas, aparentava estar alterado. Bruno teria ido conversar com ele, orientando-o a se retirar.Após discussão, Cledson deixou o local e, em seguida, o policial também.No entanto, eles se encontraram novamente em um semáforo na Avenida Hélio Prates.Segundo o PM, Cledson teria socado o vidro do carro e o ameaçado de morte, e, temendo pela própria vida, Bruno atirou.Reações e sindicância“Ele alegou legítima defesa e disse que achava que meu irmão sobreviveria a um tiro na cabeça”, contou Tereza. Na época do crime, o caso foi investigado pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), mas o policial não foi afastado imediatamente.Bruno, era terceiro-sargento do Quadro de Praças Policiais Militares Combatentes (QPPMC), estava na PMDF desde 2014, com remuneração básica de R$ 9.167,01, segundo o Portal da Transparência.