O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente de Israel, Isaac Herzog, nesta quarta-feira (12/11) pedindo que ele perdoe o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Em um trecho da carta, o republicano destaca que o após o país ter superado o fim da guerra em Gaza, o presidente israelense considere o fim de uma “guerra judicial”.“À medida que o Grande Estado de Israel e o admirável povo judeu superam os tempos terrivelmente difíceis dos últimos três anos, venho, por meio desta, pedir-lhe que conceda o perdão total a Benjamin Netanyahu, que tem sido um formidável e decisivo primeiro-ministro em tempos de guerra, e que agora lidera Israel rumo a um período de paz — o que inclui o meu trabalho contínuo com importantes líderes do Oriente Médio para acrescentar muitos outros países aos Acordos de Abraão, que mudaram o mundo”, sugere a carta de Trump.Em outro trecho, o presidente norte-americano ainda completa com a seguinte frase: “Agora que alcançamos esses sucessos sem precedentes e estamos mantendo o Hamas sob controle, é hora de permitir que Bibi una Israel, concedendo-lhe o perdão e encerrando de uma vez por todas essa guerra judicial”.Em junho deste ano, Trump também tentou interceder pelo aliado, pedindo o cancelamento de um julgamento em que Netanyahu é acusado de corrupção. Na oportunidade, ele também chegou a sugerir que o primeiro-ministro fosse perdoado, mas o máximo que conseguiu foi adiar o processo na Justiça. Leia também Mundo Trump surpreende e diz que vai reduzir tarifas sobre o café Artigos Trump e Xi Jinping: trégua não encerra a tensão (por Hubert Alquéres) Mundo Venezuelanos deportados por Trump a El Salvador relatam tortura Mundo Governo Trump amplia critérios e pode barrar vistos de pessoas obesas Acusação de corrupçãoEm 2019, o primeiro-ministro foi indiciado pela Justiça de Israel por presentes recebidos de maneira ilegal de empresários. À época, os presentes foram avaliados em mais de R$ 1 milhão. Ao todo, Netanyahu soma pelo menos três processos no Tribunal de Israel.Autoridades alegam que ele recebeu US$ 75.800 em charutos e US$ 52.300 em champanhe. A acusação ainda envolve membros da família do primeiro-ministro, incluindo a esposa, que também teria recebido joias. Os presentes teriam sido recebidos entre 2011 e 2016, segundo a Justiça.