PRIO (PRIO3): o que muda para as ações com a compra do campo de Peregrino?

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A petroleira PRIO (PRIO3) concluiu na terça-feira (11) a aquisição de 40% de participação e da operação dos campos de Peregrino e Pitangola, consolidando uma participação total de 80% no consórcio, enquanto a Equinor permanece com os 20% restantes até a conclusão da segunda etapa da transação, prevista para 2026. A companhia pagou US$ 1,55 bilhão pela participação após o ajuste pela geração de fluxo de caixa e juros acumulados. Às 10h25 (horário de Brasília), as ações subiam 0,35%, a R$ 40,44.A XP Investimentos comenta que a aquisição é significativa para a PRIO, uma vez que acrescenta cerca de 40 mil barris de petróleo por dia (bpd) à produção, um aumento de quase 40% na produção atual da petrolífera, que agora atingirá cerca de 150 mil bpd.Leia tambémPetrobras: Goldman tem compra e projeta dividendo de olho em próximo plano de negócioO banco ainda ressalta que a performance operacional em 2025 tem superado expectativas, com plataformas entrando em operação mais rápido e algumas produzindo acima da capacidade nominalIbovespa Hoje Ao Vivo: Bolsa sobe e busca sustentar os 158 mil pontosÍndices futuros dos EUA avançam com expectativas de fim do shutdown Segundo estimativas, a produção adicional em Peregrino contribuirá com cerca de US$ 380 milhões em fluxo de caixa livre, cerca de 24% de rendimento sobre o preço de aquisição. Incluindo as despesas financeiras adicionais para financiar o acordo, o fechamento deve contribuir com cerca de 5 pontos percentuais adicionais para o rendimento do FCFE (Fluxo de Caixa do Acionista) da PRIO. A XP prevê o rendimento do FCFE da PRIO em 23% e 30% em 2026 e 2027, respectivamente.Na avaliação do Goldman Sachs, o fechamento antecipado da primeira tranche da operação permitirá que a PRIO assuma o controle operacional do ativo antes do previsto, o que deve acelerar a implementação de sinergias, ganhos de eficiência e redução dos custos de extração nos próximos trimestres.Segundo o modelo do Goldman Sachs, a operação deve elevar o fluxo de caixa livre sobre o valor da empresa (FCFy) em um dígito médio, podendo levar esse indicador a cerca de 30% em 2026. Esse fluxo adicional poderá ser usado para amortizar dívidas, o que reduziria o espaço para pagamento de dividendos ou novas aquisições. O banco manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 47,50.A Genial Investimentos também avalia o evento como positivo para tese, pois eleva a produção/geração de caixa da empresa e com a aquisição de 80% do ativo, a empresa passa a ser o operador de fato do campo de Peregrino. O time da corretora lembra que a empresa espera reduzir os custos operacionais do ativo em US$ 250 milhões por ano e, sendo o seu novo operador, tais sinergias devem começar a ser apropriadas o quanto antes. A Genial também destaca a possibilidade de um eventual ressarcimento por parte da Equinor à PRIO devido a parada técnica que o ativo atravessou por seis semanas. De acordo com soft-guidance da empresa, após a consolidação de 100% de Peregrino e entrada operacional de Wahoo (1T26), a expectativa é que a empresa passe a gerar US$ 3 bilhões por ano, aproximadamente 40% do valor de mercado atual do ativo.Segundo o JPMorgan, o movimento já era esperado como um dos principais catalisadores de curto prazo e está totalmente alinhado à estratégia de fusões e aquisições (M&A) da empresa, voltada para a compra e reestruturação de campos maduros. A partir de agora, o banco espera que o foco da PRIO se volte para a entrega operacional e o processo de desalavancagem, conforme sinalizado na teleconferência de resultados do 3T25.Com produção consolidada já acima de 150 mil barris por dia e um caminho visível para alcançar 200 mil barris diários, apoiado pelo início da produção de Wahoo e pela segunda fase de Peregrino, o JPMorgan vê a transação de forma positiva e mantém recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$ 55.O Bradesco BBI, por sua vez, comenta que valor da transação ficou próximo às suas estimativas, com variação marginal frente ao cenário sem compensação. Embora o pagamento por eventuais compensações não tenha ocorrido no fechamento, o banco acredita que a PRIO seguirá negociando com a Equinor, podendo levar a discussão à esfera arbitral caso não haja acordo. Analistas do BBI também destacam que a antecipação do fechamento é positiva, pois acelera a captura de eficiências e deve contribuir para redução do opex, atualmente em US$ 550 e 600 milhões, para cerca de US$ 250 e 270 milhões até o fim de 2026, com conclusão das obras de reparo das linhas de gás. A Genial manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 69,00.The post PRIO (PRIO3): o que muda para as ações com a compra do campo de Peregrino? appeared first on InfoMoney.