Os mercados de câmbio e ações seguem em clima de euforia. O dólar registrou queda de 0,64% frente ao real, cotado a R$ 5,27. Esse foi o menor patamar registrado pela moeda americana desde 6 de junho de 2024.Já o Ibovespa, que fecha às 18 horas, caminhava firme para bater novas máximas históricas. Às 17h05, o principal índice da Bolsa brasileira (B3) anotava alta de 1,81%, aos 158.072,98 pontos. Com isso, ameaçava quebrar o recorde de fechamento pela 12ª vez seguida e registrar a 15ª elevação consecutiva. Leia também Negócios Ibovespa bate 158 mil pontos pela 1ª vez na história. Dólar cai Negócios Bolsa bate 11º recorde com possível fim do shutdown nos EUA. Dólar cai Negócios Ibovespa bate 155 mil pontos pela 1ª vez na história. Dólar recua Negócios Bolsa registra maior série de altas desde 1994. Dólar cai a R$ 5,44 As principais bolsas da Europa também fecharam em forte alta. No Reino Unido, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, subiu 1,15% e renovou seu recorde de fechamento pelo segundo dia seguido. O índice Stoxx 600, que abrange 17 países, avançou 1,33%. Também registraram elevação o DAX, de Frankfurt (+ 0,53%), e o CAC 40, de Paris (+1,25%).Nos Estados Unidos, por volta das 16h40, anotaram elevação o S&P 500 (+0,26%) e Dow Jones (+1,16%). Já o Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia, recuava 0,21% no mesmo horário.Movimento globalNa avaliação de Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, o dólar segue em queda acompanhando o movimento global de enfraquecimento, diante de um ambiente mais favorável ao risco. “O avanço nas negociações para encerrar o shutdown nos Estados Unidos e a perspectiva de retomada dos dados econômicos reforçam o otimismo dos mercados”, diz.“No Brasil, a combinação de juros elevados por um período prolongado e inflação controlada continua atraindo fluxos externos para renda fixa e Bolsa”, afirma o analista. “O IPCA de outubro, de apenas 0,09%, confirmou o cenário de desinflação e contribuiu para o fortalecimento do real, reduzindo a pressão sobre o câmbio.”IbovespaPara Shahini, o Ibovespa estende sua sequência histórica de 15 altas consecutivas, impulsionado pela expectativa de que o Banco Central possa iniciar o ciclo de cortes da Selic em janeiro. Essa possibilidade cresceu depois da divulgação, nesta terça-feira, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), que sinalizou uma postura menos rígida dos integrantes do órgão.“A inflação mais baixa e o recuo dos juros futuros ampliam o apetite por risco e sustentam o ingresso de capital estrangeiro”, acrescenta o técnico. “Além disso, a alta do petróleo e do minério de ferro fortalece as ações de Petrobras e Vale, ajudando a consolidar o rali. Com o cenário externo mais estável e o diferencial de juros ainda elevado, o mercado projeta espaço para que o índice continue avançando nos próximos meses.”