Toni Nadal, tio e ex-treinador de Rafael Nadal, acredita que o tênis moderno perdeu parte de sua essência. Em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport, o espanhol afirmou que o esporte se tornou uma disputa de potência e velocidade, deixando de lado a tática e a inteligência que marcaram gerações passadas.Para Toni, o jogo está rápido demais e os atletas são obrigados a realizar movimentos cada vez mais violentos, o que aumenta o risco de lesões.“Agora muitos vão discordar, mas o verdadeiro problema é que a bola está indo cada vez mais rápida. As lesões não vêm de uma questão de número de jogos, mas da intensidade e violência do gesto. Quase não há mais jogadores táticos como Coria ou Gaudio, que estavam tentando construir o ponto”, disse. Leia também Esportes João Fonseca janta com Rafael Nadal, lenda do tênis, nos EUA Esportes Rafael Nadal alerta sobre golpes com vídeos falsos feitos por IA. Veja Esportes Tenista revela ódio de Rafael Nadal: “Alguns gestos me enojavam” Esportes Tenista chama Nadal de calvo e dispara contra Murray e Djokovic 3 imagensFechar modal.1 de 3Toni reclamou que a cada ano o tênis fica mais rápidoJulian Finney/Getty Images2 de 3Toni Nadal criticou o tênis atualRichard Heathcote/Getty Images3 de 3Toni é tio e ex-treinador do astro suiçoJean Catuffe/Getty Images)Como alternativa, o ex-treinador defende que os tenistas passem a usar raquetes menores, o que limitaria a potência dos golpes e tornaria as partidas mais estratégicas. Segundo ele, a mudança reduziria o desgaste físico e tornaria o espetáculo mais interessante de assistir.Toni comparou o tênis com o futebol, lembrando que outras modalidades já alteraram regras para aumentar o entretenimento. “O tênis é o único esporte que começa com um pênalti: se você sacar bem, o adversário não joga”, afirmou.Mesmo convencido da importância de uma transformação, Toni Nadal não acredita que o circuito vá adotar medidas nesse sentido. “Os diretores só estão interessados nos melhores jogadores. Seria mais fácil para amadores e mais difícil para profissionais, mas o jogo seria menos violento”, concluiu.