O PL antifacção criminosa proposto pelo governo federal, cujo relator é o deputado e secretário de segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite, é um marco da provável disputa eleitoral entre Lula e Tarcísio em 2026.Neste embate, há vários pontos a serem explorados. Primeiro, a disputa da paternidade do projeto no principal tema das eleições de 2026: segurança pública. De um lado, o governo (Lula), autor da medida; do outro, Derrite (Tarcísio) na relatoria. Trata-se, portanto, de uma briga de protagonismo na área da segurança pública para capitalizar politicamente.Não à toa, o governo tem chamado o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, de traidor, por passar a relatoria para Derrite. Com essa medida, o presidente da Casa deu todo o protagonismo do PL antifacção criminosa para o principal nome do governo Tarcísio. Na prática, tem-se a impressão que Derrite é pai da criança. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp A distribuição da relatoria também mostra que Motta, do mesmo partido de Tarcísio, e o Centrão, já escolheram seu candidato para disputar as eleições de 2026 contra Lula: o governador de São Paulo. Por enquanto, Tarcísio não aparece na briga, somente por meio do seu principal interlocutor. O governador de São Paulo só espera o aval de Bolsonaro para subir no palanque com Derrite para falar sobre segurança pública.Aliás, neste caso, chama a atenção como o PL da Anistia se tornou secundário e como o bolsonarismo não é protagonista num tema que nadavam de braçada e crucial para a vitória do capitão em 2018.A direita virou a página. Leia também Haddad diz que Derrite não é pessoa versada em inteligência contra o crime organizado Bancada do agro quer classificar MST como organização criminosa no PL Antifacção