Os deputados federais Alberto Neto (PL-AM) e Carlos Zarattini (PT-SP) discutiram, nesta quarta-feira (12), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se foi bom ou ruim para Guilherme Derrite (PP-SP) relatar o PL Antifacção.Deputados bolsonaristas avaliam que a nomeação do parlamentar se tornou uma “cilada”. O entendimento é que os recuos de Derrite colocaram a oposição em saia-justa, com margem limitada de críticas.Alberto Neto avalia que a escolha foi boa. Leia Mais Hugo adia análise do Marco da Segurança para terça-feira (18) Quarto relatório de Derrite altera financiamento da PF Derrite diz a deputados que recuo sobre terrorismo visa destravar votação “O Derrite tem uma larga experiência na Polícia Militar, mais de 18 anos em serviços prestados, conhece bem o combate às facções criminosas, em especial o PCC, que tem origem no seu estado, é secretário de Segurança Pública. […] É alguém que está relatando que conhece bem o tema, não só na teoria, mas na prática”, disse.“O relatório teve grandes avanços, talvez não seja o relatório que eu quisesse, por exemplo eu queria que estivesse bem claro que essas ações das facções criminosas têm que ser consideradas grupo terrorista. Uma crítica, mas aí eu já fiz uma emenda e vamos tentar discutir no processo. Não existe texto perfeito, há um acordo”, prosseguiu.Zarattini não sabe prever se será bom ou ruim, mas entende que Derrite cometeu equívocos.“Eu acho que o Derrite demonstrou que tinha muita dificuldade em tratar esse tema, porque o primeiro texto que ele apresentou, o primeiro relatório, continha diversos equívocos. Ele, por exemplo, comparava a atuação das facções criminosas com terrorismo. O terrorismo é caracterizado por uma disputa religiosa, por disputa política […] e as facções criminosas têm objetivos econômicos”, afirmou.“Ele propunha que, para a PF atuar, ela deveria ser chamada pelos governadores. Se as facções criminosas têm uma atuação nacional e muitas vezes internacional, como é que vamos dar o comando do combate aos governadores?”, continuou.