Após resultados mais fracos do que o esperado, a Ágora Investimentos/Bradesco BBI incorporou os números do balanço de Hapvida (HAPV3) do terceiro trimestre (3T25) e reduziu o preço-alvo das ações em quase 50% — um corte de R$ 24.Agora, o banco projeta as ações HAPV3 em R$ 27 no final de 2026 — o que representa um potencial de valorização de 43% sobre o preço de fechamento de ontem (13). O preço-alvo anterior era de R$ 51.O banco também reduziu as estimativas de lucro da companhia em 2026 em 42%, para R$ 863 milhões, com base na sinistralidade e Ebitda estável para o próximo ano.A Ágora/Bradesco BBI, por sua vez, manteve a recomendação de compra, mas “com viés cauteloso” em relação à fraca dinâmica dos resultados e considerando, “de forma conservadora”, o benefício fiscal do ágio da NotreDame Intermédica como um fator que pode elevar o potencial de valorização. Na avaliação dos analistas Marcio Osako e Larissa Monte, a classificação ainda é sustentada pelo valuation descontado em relação aos pares. HAPV3 está sendo negociada a 11 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) ante 17 vezes P/L da Rede D’or (RDOR3). A dupla também colocou na conta o anúncio do novo programa de recompra de 70 milhões de ações — que representa 24% dos papéis em circulação —, além das 20 milhões divulgadas no mês passado. Para eles, o movimento “pode fornecer um suporte para os preços das ações”.Para o banco, “os resultados do quarto trimestre (4T25) devem permanecer desafiadores em outubro, com mais pressão de custos dos investimentos em andamento na rede própria e fraca alavancagem operacional”.Onda de revisõesA Ágora/Bradesco BBI é a quarta instituição a revisar as estimativas para Hapvida após os números do 3T25. Ontem (13), em reação aos resultados, o BB Investimentos rebaixou a recomendação das ações de compra para neutro e o BTG Pactual cortou o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50 no final de 2026. Já o JP Morgan fez uma dupla revisão: rebaixou a recomendação de compra para neutra e reduziu o preço-alvo R$ 52 para R$ 39. Na noite da última quarta-feira (12), a operadora de saúde reportou um lucro líquido de R$ 338 milhões entre julho e setembro, alta de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado.No período, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 746,4 milhões, diminuição de 2,1%, sem efeitos não recorrentes.Mas o principal ponto de atenção foi o caixa da companhia e o aumento da taxa de sinistralidade (MLR): a operadora teve uma queima de fluxo de caixa livre de R$ 51,9 milhões no 3T25, pressionado pela piora do Ebitda; e o MLR subiu 1,4 ponto percentual, para 75,2%, motivada pelo aumento de ocorrências médicas.Com os resultados e a revisão dos bancos, as ações tombaram mais de 40% nesta quinta-feira (13). Nesta sexta-feira (14), os investidores continuaram a liquidar os papéis. Por volta de 11h20 (horário de Brasília), HAPV3 caía 3,23%, a R$ 18,28, figurando como a terceira maior queda do Ibovespa (IBOV). new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "HAPV3", "HAPV3" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "2fe363e"} ); LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessar