A falência da Oi, decretada na última segunda-feira (10), foi suspensa nesta sexta-feira (14) por decisão da desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Com a nova determinação, o Grupo Oi retorna ao regime de recuperação judicial enquanto o agravo de instrumento aguarda julgamento definitivo.A operadora acumulava dívidas estimadas em R$ 15 bilhões. A desembargadora considerou que a execução imediata da falência poderia causar prejuízos severos aos credores e ao interesse público, já que a empresa ainda presta serviços essenciais para companhias privadas, instituições e órgãos públicos.Leia mais: Que fim levou a Oi, uma das maiores operadoras de telefonia do país?A decisão também determina o retorno dos administradores judiciais que estavam à frente do processo antes da falência. Além disso, a magistrada ordenou a apuração de responsabilidades da empresa Pimco, que havia assumido a gestão de ações do grupo durante o período.A suspensão do decreto de falência busca manter os serviços fornecidos pela Oi. (Fonte: Getty Images)Pressão de credoresA suspensão ocorre dias após Bradesco, Itaú Unibanco e outros credores moverem uma ação judicial alertando para os riscos da falência imediata da Oi. Assim como destacou a desembargadora, os bancos argumentaram que a quebra da telecom poderia comprometer a continuidade de serviços e gerar perdas financeiras significativas.A relatora também determinou o cumprimento das recomendações do Ministério Público, incluindo a intimação da Anatel e da União. O objetivo é que os órgãos apresentem possíveis medidas de intervenção econômica e alternativas para assegurar a manutenção dos serviços públicos prestados pela operadora.Confira: Itaú e Bradesco recorrem ao decreto de falência da OiQuer acompanhar os próximos capítulos da recuperação da Oi e outras decisões que movimentam o setor de telecom? Siga o TecMundo nas redes sociais e fique por dentro das novidades.