Desocupação atinge no 3º trimestre a menor marca da série histórica

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A taxa de desocupação no Brasil caiu para 5,6% no terceiro trimestre de 2025, a menor desde que a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua começou, em 2012. No entanto,  a melhora foi registrada em apenas duas das 27 unidades da federação, nas demais, os índices ficaram estáveis.Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (14/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A desocupação entre as mulheres ficou em 6,9%, enquanto que entre os homens foi 4,5%. Por cor ou raça, os brancos registraram 4,4%, abaixo da média nacional; já pretos e pardos ficaram com 6,9% e 6,3%, respectivamente.No quesito escolaridade, quem possui ensino médio incompleto enfrenta a maior taxa (9,8%), enquanto quem tem ensino superior completo registra apenas 3,0%.Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, “a taxa de desocupação diminuiu devido a um aumento marginal, não significativo, da ocupação e esse aumento promoveu a diminuição do tempo de procura”.Ou seja, embora o dado global fique melhor, o avanço ainda é modesto e os desequilíbrios regionais, de gênero e de escolaridade continuam evidentes. Leia também Indústria Faturamento, emprego e massa salarial da indústria recuam em setembro Brasil No trimestre, desemprego se mantém em 5,6% e repete mínima histórica Economia Desemprego é de 5,6% no trimestre até agosto e repete mínima histórica Brasil Desemprego cai para 5,6% e é o menor da série histórica, diz IBGE Informalidade e carteira assinadaA taxa de informalidade, ou seja, a proporção de trabalhadores sem carteira assinada ou sem registro, alcançou 37,8% da população ocupada no período. Há grandes oscilações entre estados, por exemplo, no Maranhão, o índice chega a 57,0%, ao passo que no Santa Catarina, é de 24,9%.Quanto à formalização via carteira assinada, 74,4% dos empregados no setor privado tinham essa garantia no país.Para o analista do IBGE, estes dados mostram como a informalidade se manteve estável em relação ao 2º trimestre de 2025.Houve uma redução de 130 mil pessoas ocupadas sem carteira de trabalho assinada nos serviços domésticos, compensada pelo aumento de 111 mil trabalhadores sem carteira de trabalho assinada no setor público, informou o IBGE.“Outro ponto importante é a relação da informalidade com a baixa escolaridade e baixo rendimento médio da região, o que é marcante nesses estados de maior informalidade”, disse.O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas foi estimado em R$ 3.507, com crescimento frente ao mesmo trimestre de 2024 (R$ 3.373). As regiões Sul e Centro-Oeste registraram aumentos estatisticamente significativos, R$ 4.036 e R$ 4.046, respectivamente, enquanto as demais regiões permaneceram estáveis.