O ganhador do Prêmio Nobel de Física John Martinis será o líder da Quantum Scaling Alliance, uma iniciativa global dedicada a tornar a computação quântica escalável em diversos setores. O consórcio formado por sete empresas de chips vai projetar um supercomputador quântico prático e econômico, aproveitando o ecossistema atual de supercomputação e semicondutores.“Os computadores quânticos são a chave para transformar indústrias graças à sua capacidade única de lidar com problemas intrinsecamente quânticos”, disse Martinis, Cofundador e CTO da Qolab. “Ao aproveitar os sistemas quânticos, podemos alcançar avanços em áreas que vão desde a fabricação de semicondutores até a produção sustentável de fertilizantes, resolvendo desafios antes considerados intransponíveis.”Laureado na edição deste ano, Martinis dividiu o Nobel com os físicos John Clarke e Michel H. Devoret pela descoberta do tunelamento mecânico quântico macroscópico e da quantização de energia em um circuito elétrico. Na prática, eles demonstraram que as propriedades da mecânica quântica podem ser concretizadas em escala macroscópica.John Martinis e equipe demonstraram que as propriedades da mecânica quântica podem ser concretizadas em escala macroscópica (Imagem: Divulgação/Qolab)Com foco em qubits supercondutores, Martinis esteve na vanguarda do desenvolvimento de qubits de alta fidelidade, essenciais para processadores quânticos escaláveis. Antes de fundar a Qolab, Martinis foi uma figura chave por trás do experimento de supremacia quântica do Google, liderando a equipe de hardware que demonstrou um computador quântico com desempenho superior aos melhores supercomputadores clássicos do mundo.Como vão trabalhar os envolvidos no supercomputador?1QBit: Projeto e simulação de correção de erros quânticos tolerantes a falhas, compilação de algoritmos e estimativas automatizadas de recursos;Applied Materials: Engenharia de materiais e fabricação de semicondutores;HPE: Integração completa de computação quântica de alto desempenho e desenvolvimento de software;Qolab: Projeto de qubits e circuitos;Máquinas Quânticas: Controle híbrido quântico-clássico para computação quântica escalável;Riverlane: Correção de erros quânticos;Synopsys: Tecnologia de simulação e análise, ferramentas EDA e propriedade intelectual de semicondutores;Universidade de Wisconsin: Algoritmos e benchmarks.Aliança pode facilitar a descoberta de medicamentos, pesquisa de materiais, otimização e processamento seguro de dados (Imagem: PhonlamaiPhoto/iStock)Leia Mais:Helios: entramos em uma nova era da computação quânticaIBM e AMD se unem em avanço crucial para o futuro da computação quânticaReino Unido pode estar ficando para trás na “corrida quântica”Progresso quânticoA iniciativa pretende impulsionar o progresso da área quântica abordando problemas que são exclusivamente adequados à computação quântica, segundo o site da aliança. O objetivo é “superar barreiras que nenhum grupo sozinho consegue resolver” e “garantir que a computação quântica se torne um paradigma viável para toda a indústria e não uma tecnologia de nicho”.Por exemplo, a HPE, líder em computação de alto desempenho, está colaborando com a Quantum Scaling Alliance para construir soluções híbridas e escaláveis que integram recursos quânticos com computação clássica de alto desempenho e redes avançadas. Essa convergência facilita a descoberta de medicamentos, pesquisa de materiais, otimização e processamento seguro de dados.Iniciativa quer garantir que a computação quântica se torne um paradigma viável para toda a indústria (Imagem: gorodenkoff/iStock)Já a Applied Materials utiliza sua expertise em engenharia de materiais, embalagens avançadas e nanofabricação para impulsionar inovações em computação quântica. Ao colaborar com todo o ecossistema, a empresa está avançando no desenvolvimento de qubits supercondutores com taxas de erro e uniformidade aprimoradas, apoiando a escalabilidade das arquiteturas quânticas de próxima geração.O post Aliança liderada por vencedor do Nobel vai criar supercomputador quântico apareceu primeiro em Olhar Digital.