Diretor-executivo da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados), Eduardo Brandão avaliou que o cenário para os produtores brasileiros segue difícil, mesmo com um recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira (14), das tarifas recíprocas sobre uma série de produtos agrícolas.A assinatura de uma ordem executiva que reduz retroativamente as tarifas recíprocas sobre produtos como carne bovina, café e frutas aliviou do Brasil uma alíquota de 10%. Os 40% de sobretaxa aplicados em agosto, porém, continuam em vigor.“Nossa situação continua complicada. A tarifa recíproca que foi reduzida poderia nos aliviar, mas a gente ainda não teria uma análise profunda. Temos que ver ainda quais outros países foram contemplados”, explicou Brandão em entrevista à CNN Brasil. Leia Mais Brasil segue com tarifas de 40%, dizem fontes da Casa Branca à CNN Recuo é sinal para normalizar comércio com EUA, diz presidente da Abiec Fontes: Decisão dos EUA foi tomada antes de encontro entre Rubio e Vieira Ele complementou dizendo que a associação ainda tenta compreender melhor a ordem executiva e os efeitos sobre outros países.Brandão relata que, apesar de pequeno, há um certo alívio para os produtores que enviam frutas aos EUA.“Entre as cinco de maior importância econômica para os Estados Unidos que nós exportamos, manga, uva, (mamão) papaya, melão e melancia, apenas a uva ficou fora da ordem executiva divulgada agora. A gente vai voltar a ter um pouco mais de conforto nas exportações destas frutas tão afetadas”, diz.Sobre prejuízos, o diretor diz que ainda é “prematuro” estimar números, mas relata redução de 70% das exportações da uva até o momento ante mesmo período de início de safra em 2024.Petróleo, café e aeronaves: veja itens mais exportados pelo Brasil aos EUA