Recuo é sinal para normalizar comércio com EUA, diz presidente da Abiec

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Para Roberto Perosa, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “é uma primeira sinalização de que pode ser retomado o fluxo comercial normal” entre as duas nações.Os EUA passam por um período de falta de gado, dando uma competitividade grande para a carne brasileira no país. Até o tarifaço, Perosa descreveu em entrevista ao CNN Arena que as exportações para o país vinham crescendo. Leia Mais Fontes: Decisão dos EUA foi tomada antes de encontro entre Rubio e Vieira Exportadores de carne celebram queda de tarifas dos EUA Queremos exportar Eco Invest para resto do mundo, diz Ilan Goldfajn, do BID De lá para cá a estimativa é de que os envios para os EUA tenham caído em torno de 60%. Porém, o presidente da Abiec indicou que “parte da produção brasileira conseguiu ser redirecionada”.“O Brasil tem flexibilidade de definição de destinação muito fácil. […] O Brasil tentou redirecionar, incrementamos envios para Ásia, para China em especial, novos mercados sendo abertos, Indonésia, Malásia, Vietnã“, pontuou Perosa.Nesta sexta-feira (14), o governo norte-americano anunciou um recuo das tarifas recíprocas anunciadas em abril para uma série de produtos agrícolas.Trump reduz tarifas sobre café, carne bovina e frutas | FECHAMENTO DE MERCADOPerosa avaliou que a medida foi fruto das negociações, da mobilização do setor privado, “mas que é inegável que após o encontro do presidente Trump com o presidente Lula as conversas se destravaram”.“Grande trunfo foi do governo brasileiro”, enfatiza.Ademais, reconhece o papel da pressão interna nos EUA para o recuo do tarifaço. “É uma sinalização do governo americano da necessidade de medidas para combater a questão inflacionária americana e principalmente de produtos que não têm tanta oferta hoje nos Estados Unidos.”Entenda o destino dos dólares arrecadados pelas tarifas de Trump