Antes de se chamar Capitão América, o herói mais patriótico da Marvel teve um nome que teria arruinado o personagemÉ quase impossível imaginar Steve Rogers sendo chamado por outro nome que não Capitão América. O escudo, o uniforme e até o “Avengers, assemble!” se tornaram símbolos tão reconhecíveis quanto o próprio nome. Mas a verdade é que o herói quase nasceu com um título bem menos inspirador e, segundo seu criador, foi justamente o sucesso do Superman que o fez mudar de ideia a tempo.Em 1940, quando Joe Simon e Jack Kirby começaram a desenvolver o personagem, a ideia era simples: criar um símbolo dos ideais dos Estados Unidos em meio ao caos da Segunda Guerra Mundial. A dupla queria um herói que inspirasse coragem e união, mas ainda precisava de um nome à altura.Em seu livro The Comic Book Makers, Simon revelou qual foi sua primeira escolha e como percebeu, rapidamente, que ela seria um erro.“Escrevi o nome ‘Super American’ no papel”, contou o quadrinista. “Mas não funcionou. Havia supers demais por aí. ‘Captain America’ soava melhor… não havia muitos capitães nos quadrinhos.”A ideia de Simon fazia sentido para a época. O Superman havia redefinido o conceito de herói nos quadrinhos, e todo mundo queria um personagem “super” para chamar de seu.O problema é que o mercado logo ficou saturado de figuras com o mesmo prefixo: Superboy, Supermouse, Super-American (sim, outro personagem com esse nome surgiria em 1941), todos tentando repetir a fórmula de sucesso do kryptoniano da DC.Ao perceber isso, Simon e Kirby decidiram seguir por outro caminho. O nome “Capitão América” trazia o mesmo espírito patriótico, mas com um toque de autoridade e distinção. Em vez de parecer uma cópia, o herói passava a carregar um título próprio, algo que soava mais militar, mais humano e, acima de tudo, mais americano.Décadas depois, é curioso pensar que um detalhe tão pequeno — trocar “Super” por “Captain” — tenha feito tanta diferença. Enquanto o Superman se consolidava como o herói idealista e alienígena da DC, o Capitão América se firmava como o soldado humano que lutava pelo que acreditava, mesmo contra o próprio governo.Fique com: