As ações da Taesa (TAEE11) “brilham” entre os papéis mais negociados da B3 e as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (12). Por volta de 12h30 (horário de Brasília), TAEE11 subia 3,35%, a R$ 43,86, figurando como a maior alta do principal índice da bolsa brasileira. Na máxima intradia, a alta foi de 5,07% (R$ 44,59). Acompanhe o Tempo Real. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "TAEE11", "TAEE11" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "d1c7be2"} ); O movimento acontece em reação aos números do terceiro trimestre (3T25), divulgados na noite de ontem (11). A companhia de transmissão de energia elétrica reportou lucro líquido regulatório de R$ 323 milhões entre julho e setembro, alta de 5,2% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório ficou em R$ 549 milhões, acima da estimativa de R$ 515 milhões segundo a IBES da LSEG. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 12,6%.VEJA OS NÚMEROS EM DETALHES: Taesa (TAEE11) tem lucro líquido regulatório de R$ 323 milhõesAlém do balanço, a Taesa anunciou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) no montante de R$ 323 milhões, sendo R$ 144,5 milhões a título de JCP e R$ 178,8 milhões em dividendos intercalares.O pagamento ocorrerá no dia 28 de janeiro de 2026, para a base acionária de 14 de novembro de 2025. Os proventos passam a ser negociados “ex”-dividendos e ex-JPC no dia 15 deste mês. Trimestre ‘sólido’Os números do 3T25 foram bons, na avaliação dos analistas. O balanço veio “em linha, como de costume”, nas palavras dos analistas Raul Cavendish e Bruno Vidal, da XP. A dupla afirmou que o Ebitda ficou apenas 1% abaixo das estimativas da corretora, o que é explicado por receitas líquidas menores que o previsto e custos levemente mais baixos. “Não há destaques relevantes no front operacional.”Já o Safra afirmou que a Taesa apresentou um trimestre “sólido”, “com bom crescimento de Ebitda na comparação ano a ano e distribuição de dividendos”. “A empresa registrou receitas em linha e custos sob controle, consistentes com as expectativas”, escreveram os analistas Daniel Travitzky, Carolina Carneiro e Ricardo Bello, em relatório. O BTG Pactual destacou que os números vieram acima das projeções do banco. Os analistas Gisele Gushiken, Luis Mollo, Antonio Junqueira e Maria Schutz também chamaram a atenção para a redução da alavancagem, excluindo subsidiárias, para 4,7 vezes a relação entre a dívida líquida sobre Ebitda, contra 4,9 vezes dívida líquida/Ebitda no segundo trimestre (2T25). O que fazer com as ações agora? Para os analistas da XP, as ações TAEE11 são negociadas a uma TIR (taxa interna de retorno) real “pouco atraente” de 2,6%, abaixo das taxas soberanas de longo prazo de 7,1%.“A Taesa é essencialmente uma história de dividendos e alavancagem”, afirmaram os analistas Raul Cavendish e Bruno Vidal. “Historicamente, a ação tem sido negociada com base nas expectativas de dividendos de curto prazo, mais do que no valor de seus fluxos de caixa futuros. Embora essa estratégia tenha funcionado por bastante tempo, vemos a empresa se aproximando de um ponto de inflexão no médio prazo: como continuar distribuindo altos dividendos, cumprir os R$ 2,2 bilhões restantes em compromissos de capex e reduzir a alavancagem para a faixa de 3,0-3,5x?”, acrescentaram. A XP tem recomendação neutra com preço-alvo de R$ 32,70 — o que implica em uma potencial desvalorização de 22,9% sobre o preço de fechamento de ontem (11). Já o Safra tem recomendação de venda, justificada pelo valuation da companhia. O preço-alvo para TAEE11 é de R$ 32,20 — o que representa uma desvalorização de 24,1% sobre o preço de fechamento anterior. O BTG Pactual também recomenda venda das ações, com preço-alvo de R$ 35 — projetando uma queda de 17,5% dos papéis sobre o preço de fechamento da véspera (11), quando TAEE11 encerrou as negociações cotada a R$ 42,44.