Cantor do A-ha diz receber só 16% dos direitos de “Take on Me”

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Sem dúvida, “Take on Me” virou o maior hit do A-ha. Disponibilizada inicialmente em 1984 e relançada no ano seguinte como parte do álbum “Hunting High and Low”, a faixa conquistou o topo da Billboard Hot 100 e de diversas outras paradas ao redor do mundo, com o clipe virando referência. Hoje, acumula mais de 2,5 bilhões de reproduções apenas no Spotify.Em tese, todos os três membros, Pål Waaktaar (guitarra), Magne Furuholmen (teclado) e Morten Harket (voz), estão creditados como compositores do sucesso. Porém, na prática, os lucros recebidos por cada um são bem diferentes. Ao menos, é o que alega o vocalista. Durante uma entrevista ao jornal Washington Post, Morten afirmou que ganha somente 16,6% dos direitos autorais de “Take on Me”, enquanto os dois colegas dividem os outros 83,4%. Segundo o próprio, é “menos do que merece”, já que diz ter tido a ideia para o primeiro trecho da canção. Pål, contudo, minimiza a contribuição do cantor. Ao veículo, o artista reconheceu que Morten ajudou na letra, mas diz que o integrante não contribuiu para a melodia, o que justificaria a discrepância.Ao que parece, o grupo até tentou chegar num acordo. Para agradar Morten, o guitarrista revelou que concordou em dividir igualmente os lucros futuros da música, contanto que o vocalista aceitasse cantar 20 novas faixas compostas por ele num período de cinco anos. A ideia não teria ido para frente porque Magne teria convencido o cantor a desistir do acordo. Em resposta, o tecladista descreveu a história como um “delírio paranoico”. Ainda, negou qualquer envolvimento com o suposto trato.As versões sobre a composiçãoAo The Guardian em 2015, Morten, que diagnosticado há pouco tempo com Parkinson, já havia ressaltado que a composição aconteceu de maneira conjunta. À época, explicou:“Pål me mostrou a música pela primeira vez na casa dos pais dele, lá no porão. Ele tinha um violão velho, de cordas de nylon, todo rabiscado com pinturas hippies, e tocava os acordes enquanto Magne fazia o riff no piano. No momento em que ouvi, soube que aquela seria a canção que abriria todas as portas. Mas, na época, era só um riff. O resto nós compusemos juntos.”Por sua vez, Pål faz questão de destacar que a ideia inicial partiu dele antes mesmo do A-ha, quando ainda integrava o Bridges. Ao site The Big Takeover, contou em 2022:“Compus a primeira parte dessa música quando era muito jovem. Antes de chegarmos à versão do A-ha, ela já teve pelo menos duas, três ou talvez até quatro letras diferentes. No começo, eu tinha um refrão, e demorei muito para me livrar dele. A última peça do quebra-cabeça foi criar o refrão definitivo, antes de fazermos a nossa versão. E, claro, o Magne apareceu com um riff incrível. Foi um daqueles quebra-cabeças musicais.”A-ha e “Take on Me”“Take on Me” foi lançada como single em 1984. Porém, o grande estouro viria apenas no ano seguinte, quando ela foi retrabalhada como faixa integrante do tracklist do álbum “Hunting High and Low”, primeiro do grupo.Em entrevista ao Music Radar, o multi-instrumentista Pål Waaktaar teorizou sobre o que teria acontecido para que a tentativa inicial tenha falhado.“Devo dizer que havia alguma política da gravadora influenciando no background. Não foi só que a música não fez sucesso. Havia discordância entre a Warner Brothers e a WEA, seu braço britânico. Não era como se eles estivessem se esforçando para fazer isso dar certo. Chegou a um ponto em que o pessoal da Warner disse: ‘Não façam mais nada com isso, nós vamos assumir.’ Todo mundo queria ser o herói da história. Foi antes de termos qualquer conhecimento dessas coisas.”Curiosamente, o multipremiado videoclipe da segunda versão fez todo o trabalho de divulgação para a banda simplesmente sendo veiculado em televisões de todo o planeta.“De repente, você podia alcançar o mundo inteiro. Isso nos rendeu uma promoção de 15 meses, rodando o mundo três ou quatro vezes. Foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu. Antes era preciso gravar o disco e depois fazer uma turnê para construí-lo a partir dos shows. E, claro, agora achamos que teria sido ótimo porque poderíamos ter tido maior controle sobre nossa carreira. Mas, ao mesmo tempo, chegamos muito rapidamente ao nível de ter o nome da banda reconhecido em todos os lugares.”Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post Cantor do A-ha diz receber só 16% dos direitos de “Take on Me” apareceu primeiro em Igor Miranda.